Mayra se tornou a primeira brasileira da modalidade a vencer três Mundiais. Antes, havia faturado o título em Cheliabinsk, em 2014, e em Budapeste, três anos depois. Aos 31 anos, a atleta faz história e coloca seu nome como uma das maiores judocas do Brasil.
O ouro marca sua sétima medalha individual em Mundiais. Ela soma também uma prata e três bronzes. Em 2013, participou da conquista da prata por equipes. A judoca é dona ainda de três medalhas de bronze em Jogos Olímpicos. Em Tóquio, no ano passado, faturou seu último pódio, como fizera no Rio-2016 e em Londres-2012.
Na final, Mayra foi para cima da chinesa e obteve um waza-ari logo nos primeiros segundos da luta. O golpe foi tão certeiro que a judoca pensou ter aplicado um ippon. A empolgação, contudo, não atrapalhou a brasileira, que sustentou a boa vantagem até o fim, mesmo após duas punições por falta de combatividade para cada finalista.
A brasileira chegou à final embalada por grandes vitórias. Na luta de abertura, superou a croata Petrunjela Pavic por punições Na sequência, já pelas oitavas de final, a brasileira brilhou com um ippon sobre a casaque Aruna Jangeldina. Nas quartas, ela enfrentou seu maior desafio e não decepcionou. Derrubou a japonesa Saori Hamada, atual campeã olímpica, por ippon.
A judoca brasileira, atual número seis do mundo, ainda contou com uma ajuda da sorte. Do outro lado da chave, alemã Ana Maria Wagner, sua algoz nos Jogos Olímpicos de Tóquio e atual campeã mundial, foi eliminada nas quartas de final pela compatriota Alina Böhm. Na semifinal, Mayra superou a rival alemã, atual campeã europeia, com um waza-ari.
As medalhas de bronze ficaram com a ucraniana Yelyzaveta Lytvynenko, de apenas 18 anos, e a polonesa Beata Pacut-Kloczko. A jovem judoca obteve um ippon rápido e fulminante sobre Shori Hamada. E a polonesa desbancou Alina Böhm.