Senador eleito, Rogério Marinho diz que governadora precisa querer combater o crime no RN

O senador eleito pelo Rio Grande do Norte, Rogério Marinho (PL), foi o entrevistado do RN No Ar, com Mara Godeiro, nesta sexta-feira (07). Ele falou sobre a relação com a governadora Fátima Bezerra durante seu mandato, reforçou a campanha para reeleger o presidente Bolsonaro, agradeceu os votos dos potiguares e ainda criticou as pesquisas de intenção de voto realizadas durante o primeiro turno.

Eleito com mais de 700 mil votos, Marinho iniciou a entrevista agradecendo aos potiguares. “Agradecer a votação que tivemos, a confiança que tivemos. Vamos honrar os votos e fazer diferença no Senado. É uma série de situações que ensejaram nossa vitória. Ninguém chegaria a lugar nenhum sozinho. Nós tivemos milhares de pessoas que de forma anônima ou não se envolveram na nossa campanha. Desde prefeitos, vereadores, deputados, até os cidadãos, que nos incentivaram e nos abraçaram. Tivemos a oportunidade de percorrer o estado e foi um episódio maravilhoso. Eu sou muito grato à população do RN. Tivemos a oportunidade de prestar contas”, comentou.

Sobre a futura relação com a governadora Fátima Bezerra, o senador eleito destacou que dará o apoio necessário para o Rio Grande do Norte. “Estamos em cantos opostos. A governadora está fazendo a campanha do seu candidato. Eu estou fazendo a campanha do presidente Bolsonaro. A partir de 1º de fevereiro, nós vamos ocupar um posto que não é meu. É do povo do RN. Evidente que nós daremos todo o apoio que o RN tenha as condições para sair da letargia, dessa situação dramática que se encontra em todos os aspectos”, declarou.

No entanto, ele cobrou que a governadora esteja disposta a combater o crime no estado. “A falha gerencial da governadora nos 4 anos, eu espero que não se repita. Ontem, um episódio que ilustra o que eu falo. A falta de capacidade de combater o crime organizado. Nós temos uma facção que determina que não haja assaltos em Petrópolis e Tirol e fica por isso mesmo. Nós somos reféns de criminosos. Na hora que essa facção se sente ameaçada, ela libera os crimes nesses lugares. A governadora precisa combater o crime e vai contar conosco caso queira combater o crime”, afirmou.

Rogério Marinho falou ainda sobre o apoio ao presidente Bolsonaro e teceu críticas ao ex-presidente Lula e ao seu partido, o PT. “Muita gente no 1º turno abriu mão de trabalhar na campanha de presidente. No interior do estado, vários prefeitos privilegiaram as campanhas de governo e deputado. No 2º turno, nós temos um plebiscito no país. As opções são claras”, declarou.

“De um lado, nós temos o corporativismo, a corrupção, as ideias de abortistas, de ataque à vida, a defesa da liberação das drogas, a defesa da utilização dos recursos do trabalhador brasileiro para financiar países que tenham afinidade ideológica com a esquerda, recursos que podem ser utilizados no estado brasileiro. Do outro lado, nós temos um governo transformador e realizador. O presidente fez tanto em tão pouco tempo e foi tão criticado, tão desqualificado que, praticamente, é um milagre, ele ter o apoio que ele tem. A arma que vamos utilizar é a verdade. Essa é uma arma poderosa. Eu não tenho dúvida que a população vai escolher da forma adequada para que o Brasil não se transforme no exemplo que temos nos países vizinhos”, comentou.

Na entrevista, Marinho ainda criticou os números das pesquisas eleitorais antes do primeiro turno. Uma das pesquisas citadas por ele apontava o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo, eleito com ampla vantagem. O fato não foi confirmado nas urnas. “Uma grande discussão no Brasil é em função da forma como os institutos de pesquisa erraram de forma grosseira. Ou por dificuldades metodológicas ou por má-fé. Eu só posso especular. Eu tive o cuidado durante a campanha de acompanhar o desenvolvimento da vontade dos eleitores e nós tínhamos a convicção de que nossa campanha tinha respaldo junto à população. No sábado, tivemos uma pesquisa que nos deu 11% após de Carlos Eduardo. Isso é um desserviço, porque nós passamos um bom tempo acalmando as pessoas que isso não era verdadeiro e a realidade se impôs”, completou.