Os indicadores que apontam o desempenho da educação pública revelam dados preocupantes com relação ao Rio Grande do Norte. A rede pública do Estado perdeu 5,8 mil alunos de turmas do ensino fundamental durante a pandemia de covid-19. A queda de 6,48% no número de matrículas foi registrada em dois anos, entre 2019 e 2021, de acordo com o Censo Escolar.
As informações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e do sistema do Educacenso mostram também que a taxa de reprovação no RN é 35 vezes maior que a do Ceará (10,3% x 0,3%). Na taxa de abandono, a rede pública potiguar tem números dez vezes maiores que Pernambuco.
Diante dessas informações, a Tribuna do Norte propôs a seguinte pergunta aos cinco candidatos a governador por partidos com coligações que têm representação na Câmara dos Deputados:
O Rio Grande do Norte apresenta índices preocupantes nas avaliações de desempenho da educação pública. O período que ficou sem aulas presenciais na pandemia também teve implicações graves no cumprimento de metas na melhoria da qualidade do ensino. Quais planos serão executados por um governo liderado pelo senhor(a), caso seja eleito em outubro para que a educação apresente melhores resultados?
A governadora Fátima Bezerra (PT) disse que pretende “ampliar a educação em tempo integral para mais 57 escolas”. “É preciso efetivar políticas voltadas à Assistência Estudantil e avançar nas condições de acesso de estudantes e profissionais aos meios virtuais e tecnológicos através do Plano de Escolas Conectadas”, acrescentou.
O ex-deputado Fábio Dantas (Solidariedade) afirma que o RN tem hoje a pior educação de ensino médio e dos anos finais do ensino fundamental do país. “Para reverter esse quadro vamos implantar pelo menos uma escola de ensino médio
profissionalizante de tempo integral em cada cidade do RN, com gestão integrada e informatizada de todas as unidades”, garante.
O senador Styvenson Valentim destaca as seguintes diretrizes para a Educação: “Gestão com metas e foco no desempenho dos alunos; formação continuada dos professores e do pessoal de apoio técnico; e escola como espaço de integração social, por meio da segurança alimentar, da cultura e do esporte”.
A pergunta foi proposta aos cinco candidatos por coligações que têm partidos com representação na Câmara dos Deputados. Além de Fátima Bezerra, Fábio Dantas e Styvenson Valentim, também responderam Danniel Morais (PSOL) e Clorisa Linhares (PMB).
A pergunta:
O Rio Grande do Norte tem apresentado índices preocupantes nas avaliações de desempenho na educação. O período em que ficou sem aulas presenciais na pandemia também teve implicações graves para o cumprimento de metas na melhoria da qualidade do ensino. Quais planos serão executados por um governo liderado pelo senhor(a), a partir de 2023, caso seja eleito (a) em outubro para que a educação apresente melhores resultados?
Proposta para os desafios na educação
Fátima Bezerra (PT)
“Ampliar a educação em tempo integral para mais 57 escolas. Efetivar políticas voltadas à Assistência Estudantil. Avançar nas condições de acesso de estudantes e profissionais aos meios virtuais e tecnológicos através do Plano Escolas Conectadas. Concluir o programa Nova Escola Potiguar, com a entrega de 12 IERNs, para fortalecimento do ensino profissionalizante; construção de dez novas escolas; reforma e/ou ampliação de 160 unidades e combate ao analfabetismo.”
Fábio Dantas (Solidariedade)
“RN tem hoje a pior educação de ensino médio e dos anos finais do ensino fundamental do país. Para reverter esse quadro vamos implantar pelo menos uma escola de ensino médio profissionalizante de tempo integral em cada cidade do RN, com gestão integrada e informatizada de todas as unidades. Além disso, vamos criar um programa de avaliações das escolas e alunos criando o ranking estadual e premiando individualmente os alunos, professores, coordenadores pedagógicos, servidores e diretores com melhores evoluções.”
Styvenson Valentim (Podemos)
“Antes mesmo de meu mandato de senador, demonstrei que é possível uma escola pública eficiente e segura, com o trabalho na Escola Maria Ilka. No Governo, temos as seguintes diretrizes: gestão com metas, com foco no desempenho dos alunos; formação continuada dos professores e do pessoal de apoio técnico; escola como espaço de integração social, por meio da segurança alimentar, da cultura e do esporte; incentivo para os alunos com melhor rendimento escolar; parcerias com a iniciativa privada e o Sistema S.”
Clorisa Linhares (PMB)
“De início, faremos um diagnóstico de todas as unidades públicas de ensino, verificando as necessidades desses espaços para promover uma reforma administrativa e estrutural. Além disso, pretendemos aperfeiçoar a oferta de psicologia, fonoaudiologia, psiquiatria, etc. para melhor assistência à saúde dos profissionais. Também criaremos uma premiação para alunos, professores e gestores, considerando desempenho acadêmico e destaques em projetos e programas.”
Danniel Morais (PSOL)
“A situação da nossa educação é muito grave, a começar pela educação infantil. Então, vamos construir 100 creches em parceria com municípios. Também vamos reestruturar escolas e valorizar professores, levar o ensino de tempo integral a 80% das escolas e combater o analfabetismo. Ainda garantiremos passe livre no transporte público para estudantes da rede estadual e, em parceria com instituições, vamos oferecer entrada gratuita em cinemas, teatros e museus.”
TN