A passagem de Isaquias Queiroz pelo Canadá está sendo inesquecível para o atleta baiano. Depois de levar ouro e prata no mundial, no fim de semana, o canoísta brasileiro continua se destacando no país. Nesta quinta-feira, ele conquistou o ouro no C1 1000m no Campeonato Pan-americano de Canoagem Velocidade e Paracanoagem disputado também em Halifax.
Campeão olímpico do C1 1000m em Tóquio, Isaquias acabou apenas com a prata na final do Mundial, após largar mal, figurar em quinto lugar na prova e arrancar no fim para garantir sua 14ª medalha na competição, no domingo. O brasileiro só não conseguiu superar o romeno Catalin Chirila, que levou o ouro de ponta a ponta.
A volta à Lagoa Banook foi com sangue nos olhos para provar que é o grande atleta do momento na prova. E Isaquias Queiroz confirmou o favoritismo. Primeiro, ganhou sua eliminatória, indo direto à decisão. Depois, foi soberano na final, cruzando em primeiro com mais de três segundos do cubano Serguey Torres.
Isaquias fez a prova em 4min06s6 na decisão em Halifax, superando o cubano campeão olímpico em Tóquio no C2 1000. O bronze ficou com o local Connor Fitzpatrick. O canadense cruzou bem para trás, com 4min13s02.
“Depois do Mundial, eu já descansei um pouco mais. Não estava tão preparado quanto no Mundial, mas é bom ganhar mais um título para o currículo. Agora é concentrar para amanhã que ainda tem 500 metros”, afirmou Isaquias. “O Mundial estava muito tenso e mais concentrado e agora é hora de desfrutar um pouco mais.”
Explosão para o mundo
Isaquias Queiroz explodiu para o mundo conquistando as três medalhas na Rio-2016. Na C1 1000 perdeu o ouro para um dos grandes nomes da modalidade, Sebastian Brendel. Bicampeão olímpico e quatro vezes campeão mundial, é mais do que um rival, é uma das inspirações de Isaquias. Tanto que ele deu o nome do alemão para seu filho.
“O meu filho tem o nome de dois campeões, Sebastian, de Sebastian Brendel, e Queiroz, de Isaquias Queiroz dos Santos. Em 2012 eu nem pensava em ir para os Jogos Olímpicos e ele já era campeão. Em 2009, quando eu era cadete na seleção, ele já era campeão europeu. A gente vai se espelhando nesses caras e um dia, se tiver a chance, rema contra ele. Remei contra ele, já ganhei. Respeitando sempre. Ele não é qualquer atleta, é fora de série”, disse o brasileiro, um dia antes da final.