A Embraer e a empresa de energia Raízen assinaram neste domingo uma carta de intenções com o compromisso das companhias de estimularem o desenvolvimento do ecossistema de produção de combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês).
Entre as metas estabelecidas, está tornar a Embraer a primeira fabricante de aeronaves a consumir SAF que poderá ser distribuído pela Raízen, referência global em bioenergia. O uso da tecnologia é parte da estratégia da Embraer de neutralizar a pegada de carbono de suas operações até 2040, uma vez que mais de 60% das emissões nas operações da empresa decorrem do uso de querosene de aviação em ensaios e voos de produção.
“O SAF tem um papel fundamental na redução das emissões da aviação no curto e médio prazo. Diante disso, este acordo visa estimular o crescimento e a sustentabilidade da cadeia de valor como um todo”, diz Carlos Alberto Griner, vice-presidente de Pessoas, ESG e Comunicação da Embraer, em nota emitida neste domingo (17). “ESG é um dos pilares do nosso plano estratégico e estamos buscando todas as oportunidades para acelerar a redução das nossas emissões de carbono.”
“Como empresa integrada de energia, a Raízen tem metas desafiadoras ao pretender ampliar em 80% sua oferta de renováveis para o mercado e fazer esse aumento com a maior eficiência possível no nosso processo produtivo e na ajuda da redução do impacto de nossos clientes. Como os maiores produtores de etanol de cana-de-açúcar no mundo, é natural estarmos olhando para uma possível oferta de SAF”, explica Antonio Cardoso, vice-presidente de Marketing e Serviços da Raízen.
A expectativa é que a Raízen contribua para que a Embraer atinja a meta de ter misturas de SAF representando 100% do seu consumo de combustível no Brasil até 2030.
“A parceria com a Raízen demonstra nosso pioneirismo no tema e simboliza as diversas oportunidades de parcerias estratégicas que podem gerar novas possibilidades de negócios na área de combustíveis sustentáveis para a nossa empresa e a indústria de transporte aéreo como um todo”, afirma Roberto Chaves, diretor global de Suprimentos da Embraer.
Estadão Conteúdo