Foto: Divulgação/ABIH
O gasto médio em viagens que tem o Rio Grande do Norte como destino foi o quarto maior do Brasil em 2021.
É o que aponta a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Anual 2020-2021 com resultados sobre o turismo, que foi divulgada nesta sexta-feira (8) pelo IBGE.
De acordo com a pesquisa, o valor médio gasto por turistas em viagens ao estado foi de R$ 1.922 por viajante em 2021.
Na região Nordeste, o estado fica atrás de Pernambuco (R$ 2.265) e Alagoas (R$ 2.123).
O PNAD indica ainda que, entre as pessoas com faixa de renda de até meio salário mínimo, o gasto médio em viagens ao RN foi o segundo menor do país, com R$ 272, à frente apenas do Sergipe (R$ 221).
Já entre aqueles com renda de quatro ou mais salários mínimos, a média de gastos foi de R$ 2.210, o que significa a segunda menor, superando apenas a Paraíba (R$ 1.554).
RN como origem
Quando o Rio Grande do Norte foi a origem da viagem, o gasto médio total foi de R$ 987, o terceiro maior entre os estados do Nordeste, atrás de Sergipe (R$ 1.293) e Piauí (R$ 1.028).
Segundo o IBGE, a totalidade de viagens com origem no RN foi de 184 mil, o que significou apenas 1,5% do total do país em 2021.
No Nordeste, essa proporção superou Alagoas e Sergipe (ambos com 1,1%). A maior na região ficou por conta da Bahia (8,1%).
RN cai para 15º entre destinos nacionais
O Rio Grande do Norte foi, em 2021, o 15º destino de viagens nacionais entre todos os estados do Brasil. Em 2020, o estado potiguar era o 11º no ranking.
Ao todo, em 2021, o estado recebeu 246 mil viagens, o que representou cerca de 2% das viagens com origem e destino dentro do Brasil.
Em números absolutos, segundo o IBGE, o total vem caindo desde 2019, quando o estado registrou 398 mil. Depois, em 2020, foram 374 mil viagens. A redução ao longo desses anos também ocorreu nacionalmente, aponta o órgão.
Tipos de viagens e hospedagens
Em 2021, o RN registrou 186 mil viagens realizadas pelos moradores dos domicílios do estado, divididas em 159 mil de caráter pessoal e 26 mil profissionais.
As viagens a trabalho, no entanto, caíram 76% no estado em comparação com o ano anterior (109 mil). E aquelas de finalidade pessoal caíram 55% desde 2019, quando eram 356 mil.
Casa de parente ou amigo foi a principal hospedagem de potiguares, mas imóvel por temporada cresceu 10 vezes em um ano.
Sem viagens
Aproximadamente 129 mil domicílios possuíam pessoas que declararam ter viajado e 1 milhão respondeu que não realizou viagem em 2021. São os menores números desde 2019 em viagens feitas e os maiores em viagens não realizadas nos domicílios potiguares.
Desde 2019, o motivo mais citado como responsável para não viajar foi “não ter dinheiro” seguido por “não ter necessidade”. Contudo, em 2020 e 2021 o motivo “não ter tempo” foi superado respectivamente por “outro” (não gostar de viajar, por exemplo) e “não ser prioridade”.
O principal local de hospedagem em 2019 das viagens realizadas pelos moradores dos domicílios do Rio Grande do Norte foi em “casa de amigo/parente” e “outro” (resort/imóvel de temporada ou AirBnB, hostel, camping, albergue).