Casal diz que doou coração da filha natimorta há 4 anos e agora sua nova bebê precisa do mesmo órgão

Há quatro anos, o casal Terry e Cheryl Archbold tomou uma decisão muito importante para a ciência. Após sua filha nascer natimorta, eles decidiram doar o coração da bebê Isabel para pesquisas médicas. A menina tinha a síndrome do coração esquerdo hipoplásico. Agora, a família vem passando por um novo momento difícil, pois sua filha, de apenas 16 meses, está doente e precisa de um transplante de coração urgente.

A pequena Beatrix teve insuficiência cardíaca no mês passado e está no Hospital Freeman em Newcastle, na Inglaterra, esperando que um órgão doador seja encontrado para fazer o transplante de coração. “O mais difícil é quando você fala sobre doar para crianças. Perdemos Isabel em 2018. Concordamos em doar seu coração para pesquisa, ela tinha problemas muito complexos e raros”, afirmou Terry ao Mirror. “A médica entrou na sala enquanto eu a segurava para perguntar sobre a doação, sei o quão difícil foi essa decisão. Agora Beatrix está esperando para ser um destinatário, então vimos os dois lados”, completou ele.

O diagnóstico 

A família, de Burnopfield, na Inglaterra, tinha acabado de voltar de uma viagem quando Cheryl e sua filha Eliza, de 11 anos, testaram positivo para coronavírus. Logo depois, Beatrix ficou sem apetite e um pouco apática e eles pensaram que seria devido à covid-19 também.

No entanto, em seguida, a bebê teve um uma erupção na parte de trás do pescoço e seus pais decidiram levá-la ao hospital, onde os médicos detectaram um sopro no coração e as radiografias de tórax revelaram que um lado do órgão da criança tinha aumentado.

Em 11 de maio, ela teve uma insuficiência cardíaca e foi transferida para um outro hospital, onde sofreu parada cardíaca. “Eles tiveram que lutar para trazê-la de volta”. Ela então fez uma cirurgia para conectá-la a um Dispositivo de Assistência Ventricular do Coração de Berlim para fazer o trabalho de seu próprio coração. “Ela estava saudável nos primeiros 15 meses de sua vida, então isso aconteceu. Foi tão inesperado. Não havia ligação genética com a condição de sua irmã, era apenas azar”, desabafa o pai.

“Como pai, ninguém contempla algo terrível acontecendo e a perspectiva de perder um filho.” Em um post online, Terry diz: “O sentimento de pesar que sinto pela situação de Beatrix é exatamente o mesmo que senti por Isabel. Caso os pais não escolham a doação, mesmo no meio sua própria tragédia, nenhuma dessas crianças, incluindo Beatrix, tem chance de vida”, lamentou Terry.

Revista Crescer