A Unctad afirma que os setores mais beneficiados pelos investimentos foram agronegócio, fabricação de carros, eletrônicos, tecnologia da informação e serviços financeiros.
O valor dos chamados projetos “greenfield”, que ainda não saíram do papel, subiram 35%, enquanto o valor total de acordos de financiamento internacional tiveram alta de 32%.
Dentre os projetos “greenfield”, o relatório destaca o plano da montadora Bravo Motor para fabricar veículos elétricos, baterias e outros componentes no Brasil. O projeto é avaliado em US$ 4 bilhões.
Já dentre os acordos de financiamento, o maior é o de construção de uma fazenda offshore de geração de energia eólica avaliado em US$ 5,9 bilhões. A financiadora é a empresa espanhola Ocean Winds.
O desempenho do Brasil não foi uma exceção. A região da América Latina e do Caribe teve uma alta de 56% nos investimentos estrangeiros, totalizando US$ 134,4 bilhões.
O resultado também foi inferior ao período pré-pandemia, mas representou uma recuperação em relação a 2020, quando a crise sanitária levou a uma queda de 45% nos investimentos, a maior para o ano nas regiões em desenvolvimento.
De acordo com o relatório, o destaque na região foi o valor total anunciando em acordos de financiamento internacional, que superaram os níveis pré-pandemia. A Unctad atribui o resultado a grandes projetos na área de infraestrutura de transporte, em especial no Brasil, e em atividades de mineração e ligadas à energia renovável.
Para a agência, o desempenho positivo está ligado à alta demanda global por commodities agrícolas e minerais, ajudando no forte crescimento de investimentos estrangeiros em muitas economias da região.
No ranking global, os Estados Unidos lideraram a captação de investimentos estrangeiros, totalizando US$ 367 bilhões, ante US$ 151 bilhões em 2021. Em seguida, vem China (US$ 181 bilhões), Hong Kong (US$ 141 bilhões), Singapura (US$ 99 bilhões), Canadá (US$ 60 bilhões) e Brasil.
CNN Brasil