A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou o uso do antiviral Paxlovid, do laboratório americano Pfizer, para pacientes com covid-19 e que apresentem sintomas leves, mas com “maior risco de hospitalização”.
No entanto, a OMS se mostrou “muito preocupada” porque, como já aconteceu com as vacinas, os países de menor renda terão dificuldade para acessar esse medicamento.
Para pacientes não vacinados, idosos ou imunossuprimidos e sintomas, a organização emitiu uma “recomendação fraca” para o fármaco remdesivir do laboratório americano Gilead, que até então era desaconselhado.
Ainda assim, o Paxlovid deve ser priorizado com relação ao remdesivir, à pílula molnupiravir, da Merck, e aos anticorpos monoclonais, diz a organização, que continua recomendando a vacinação.
“É crucial evitar que as pessoas desenvolvam uma forma grave da doença ou morram. E a vacinação é uma intervenção chave para a prevenção”, declarou a Dra. Janet Diaz, chefe da equipe clínica responsável pela resposta à pandemia em Genebra.
O Paxlovid “reduz mais o número de hospitalizações do que as alternativas, tem menos riscos potenciais do que o antiviral molnupiravir e é mais fácil de administrar do que as opções intravenosas, como remdesivir ou tratamentos com anticorpos”, explicou a OMS.