O ABC teve o bloqueio de todo o dinheiro que havia recebido pela participação na Copa do Brasil. Até o momento, o clube teria levado R$ 750 mil pelo avanço de fase na vitória contra o Costa Rica (MS). De acordo com o jornalista esportivo da 96 FM, Mallyk Nagib, o alvinegro, na época que fez o acordo com o Tribunal Regional do Trabalho, inseriu todos os processos trabalhistas na Central de Execuções Especiais (CAEX), pois, na ocasião, era a melhor solução para os problemas.
Entretanto, ainda conforme Nagib, o clube acabou dando um “jeitinho” no que foi acordado. Eram 32 ações trabalhistas, em que o ABC não conseguia pagá-las ao mesmo tempo. Com isso, a Caex dividiu o rombo em parcelas de R$ 70mil e o próprio TRT pagaria.
A situação era agradável para o time alvinegro, até que um juiz percebeu que o clube continuou contratando e demitindo mesmo sem ter como pagar. Segundo Mallyk, as ações do time abecedista eram confiando no Caex, já que independentemente da quantidade das ações, sejam novas ou velhas, o valor mensal a ser pago pelo clube nunca passava de R$ 70 mil por mês.
Desta forma, o magistrado determinou que nenhuma nova ação trabalhista do entraria na Caex e que o valor de repasse mensal não seria mais R$ 70 mil e, sim, R$ 200 mil já que as 32 ações de antes, passaram a contabilizar 98 processos no TRT.
Os bloqueios por essa mudança nos critérios da Caex não são novidade. Ano passado, o clube já sofreu bloqueio semelhante. A diretoria alvinegra ainda tenta empurrar ações trabalhistas no Caex, sendo que advogados e o próprio TRT percebeu a manobra, negando novas inclusões.
Desesperado pela saúde financeira do clube, o ABC esperava passar para a 3° fase da competição nacional e, antes do repasse do R$ 1,9 milhão, tentaria acordo com TRT e CBF para que dessa vez não houvesse bloqueio. O clube só não contava para a eliminação diante do Altos (PI), dentro do Frasqueirão.