O Brasil importou cerca de 365 mil barris de petróleo bruto da Rússia em 2021. O montante equivale a apenas 0,6% do volume total importado pelo país, de 62,9 milhões de barris. Ainda que o Brasil repetisse a decisão dos EUA de proibir o petróleo russo, o impacto sobre o mercado interno seria ínfimo.
Antes, a última aquisição havia sido em 2012, de míseros 884 mil barris – de um total de 114 milhões em importações naquele ano, segundo dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), do Ministério da Economia.
EUA e Europa já informaram que vão atrás de novos fornecedores. Na mira, países do Oriente Médio e até a Venezuela. O Brasil deve sentir a disputa pela Arábia, sua principal fornecedora, e pelos Estados Unidos, que devem redirecionar sua oferta para a Europa.
Especialistas em comércio exterior disseram ao Poder360 ser improvável que o Brasil importe a “sobra” do petróleo russo, rejeitado por EUA e Europa. Entre os motivos estão custos de logística, seguro de embarcações e também dano às imagens das petroleiras.