Venezuela libertou da prisão dois cidadãos americanos nessa terça-feira (8), segundo três pessoas com conhecimento do assunto, em um aparente gesto de boa vontade em relação ao governo do presidente Joe Biden após um encontro com uma delegação americana em Caracas no fim de semana.
De acordo com as fontes, um dos americanos que foi libertado é Gustavo Cardenas, executivo da Citgo — filial nos Estados Unidos da estatal venezuelana PDVSA. O segundo cidadão liberado hoje é um cubano-americano, cujo nome ainda não foi divulgado.
As reuniões do fim de semana se concentraram não apenas no destino dos americanos detidos na Venezuela, mas também na possibilidade de afrouxar as sanções petrolíferas dos EUA à Venezuela, um aliado da Rússia, para preencher a lacuna de oferta, uma vez que Biden proibiu as importações de petróleo russo em resposta à invasão de Moscou de Ucrânia.
Jen Psaki, porta-voz do governo Biden, já havia informado que a delegação falou sobre a situação de cidadãos e residentes americanos detidos pelo governo Maduro, incluindo seis executivos da Citgo presos na Venezuela em 2017.
Nos últimos anos, Washington também pediu a libertação do ex-fuzileiro naval Matthew Heath, preso em setembro de 2020 sob a acusação de “espionagem”, e de dois veteranos militares, Airan Berry e Luke Denman, acusados de planejar um ataque marítimo fracassado para derrubar Maduro em maio de 2020.