SUS recebe recorde de projetos para desenvolvimento e produção de tecnologias e insumos no Brasil

Durante a última reunião do Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Geceis), foram apresentados os primeiros resultados desde a reconstrução constitucional do Complexo Econômico-industrial da Saúde. Ao todo, foram recebidos 322 projetos para desenvolvimento e produção de tecnologias e insumos no Brasil. Esse é o maior número de projetos já recebidos na história do Ministério da Saúde, o que representa a confiança do setor produtivo e de inovação na estratégia.

No total, foram recebidas 175 propostas para o Programa de Desenvolvimento e Inovação Local (PDIL) e 147 para a realização de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP). Além disso, foram 67 instituições proponentes e 168 instituições parceiras, o que significa a maior quantidade de propostas da história em parcerias para desenvolvimento, inovação e produção em saúde.

De acordo com a análise da diretora do Complexo Econômico-Industrial da Saúde e de Inovação para o SUS (Deceiis), Gabriela Maretto, o retorno foi positivo e as propostas recebidas mostram diversos novos atores do setor. “A nova geração de programas da estratégia permite outros arranjos institucionais, abrindo espaço, por exemplo, para ICTs [Tecnologias da Informação e Comunicação], o que mobiliza o setor, de forma muito mais ampla. Além disso, prevê novos instrumentos, como é o caso do PDIL, que não existia antes e, ainda assim, mobilizou um grande número de propostas. Com isso, nós percebemos um amadurecimento da política, na qual damos um salto de um país que transfere tecnologia para um que também inova, abrindo portas para que a ciência brasileira chegue ao SUS e às pessoas”, explicou.

A elaboração dos projetos é orientada pela Matriz de Desafios Produtivos e Tecnológicos em Saúde que, ao englobar 13 desafios em dois blocos – Preparação do Sistema de Saúde para Emergências Sanitárias e Doenças e Agravos Críticos para o SUS” –, representa as necessidades prioritárias do SUS: Preparação para emergências em saúde e doenças imunopreveníveis; Tecnologias produtivas de soros e imunoprotetores; Hemoderivados, bioprodutos e serviços em Hemoterapia; Vulnerabilidade tecnológica e econômica para o SUS; Desenvolvimento sustentável e química verde; Tecnologias para Sistemas de Saúde (SUS); Doenças e populações negligenciadas; Cânceres com maior incidência; Doenças cardiovasculares; Diabetes; Doenças associadas ao envelhecimento da população; Doenças raras; e Outras doenças crônicas não-transmissíveis.

O objetivo desses programas, que são parte da Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Ceis, é orientar os esforços produtivos e normativos, públicos e privados, para o desenvolvimento e inovação local de forma a atender às demandas do SUS, destaca Gabriela Maretto. “Um fato que nos chamou atenção foi o de que recebemos projetos para todos os desafios. Isso representa um importante indicador de que o Complexo tem potencial acumulado para o desenvolvimento de respostas em todas as áreas prioritárias ao SUS, sem termos de escolher uma cadeia produtiva específica para ser beneficiada, demonstrando que nossa aposta de visão sistêmica estava correta”, declarou a diretora.

 

Fonte: Ministério da Saúde