Cesta básica ficou R$ 17,53 mais cara nos últimos em quatro meses, segundo Procon Natal

Foto: Divulgação/Procon

Uma pesquisa do Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon Natal) identificou um aumento de 0,97% no preço da cesta básica em Natal em relação ao mês de março. Este é o quarto aumento seguido da cesta básica desde o início do ano.

No início de 2024, a pesquisa identificou um preço médio da cesta básica de R$ 416,11, já no mês de abril o preço médio subiu para R$ 433,64, o que representa um custo de R$ 17,53 para o consumidor nos quatro primeiros meses do ano.

Resultados de abril 

Nas cinco semanas pesquisadas do mês de abril foram observadas alterações no preço médio da cesta básica. 

Na primeira semana do mês o custo foi de R$ 433,12, já na segunda, o preço médio foi de R$ 433,34. Na terceira semana alta novamente indo para R$ 436,51. Na semana seguinte uma pequena redução chegando a R$ 435,03. Por fim, na última semana do mês, houve mais uma redução no preço, que chegou a R$ 430,20. 

Segundo o órgão, é comum encontrar a primeira semana com alta de preço dos produtos comercializados, assim como na última semana é comum os preços estarem menores.

O Núcleo de Pesquisa do Procon Natal acompanha semanalmente 26 estabelecimentos comerciais da capital. Os pesquisadores coletam o preço de 40 itens que compõem a cesta básica, que são classificados em quatro categorias: mercearia, açougue, higiene/limpeza e hortifrúti.

A pesquisa abrange três seguimentos: 8 hipermercados, 7 atacarejos e 11 supermercados de bairro denominados de mercadinhos, contemplando as quatro zonas da cidade e os diferentes tipos de estabelecimentos disponíveis. 

Os resultados são divulgados na íntegra no início do mês seguinte e inclui o preço médio da cesta básica mais barata, a variação dos seguimentos pesquisados, o maior e menor preço encontrado

 

Análise dos preços

Das quatro categorias pesquisadas, duas tiveram redução em relação ao mês anterior, foram mercearia e higiene/limpeza com (-0,55%) e (-0,53%) respectivamente. 

Em abril, o preço médio encontrado foi de R$ 87,42, enquanto em março foi de R$ 87,89. Dois produtos que contribuíram para a redução foram o feijão-carioca, com diminuição de R$ 0,34, e o arroz parbolizado tipo 2, com redução de R$ 0,18. 

Em relação à higiene/limpeza, quatro dos seis produtos que integram esta categoria estavam com preços menores em relação a março. Em abril, o preço médio encontrado foi de R$ 28,39, já no mês anterior o preço desta categoria era de R$ 28,54.  A pesquisa observou que os preços que apresentaram redução nesta categoria são provenientes de promoções no dia da pesquisa, ou seja, um evento temporário e não uma redução efetiva de preço para o consumidor.

Para as demais categorias contempladas pelo estudo, os resultados foram de altas. É o caso do açougue com varição positiva de 0,32%, com um preço médio de R$ 238,66 em abril e de R$237,91 em março.

Foram encontradas reduções em três produtos: a carne de primeira, o frango e o queijo coalho com diminuições de R$ 1,22, R$ 0,22 e R$ 1,09 no quilo, respectivamente. As reduções encontradas nestes itens é fruto de promoções ofertadas no dia da pesquisa e não foram suficientes para compensar os aumentos nos demais produtos da categoria. 

Neste mês de abril, assim como nos meses anteriores, o hortifrúti foi a categoria que mais contribui com o aumento encontrado este mês, apresentando uma variação de 5,15% de um mês para o outro. Dos treze produtos que compõem a categoria, apenas quatro estão com preços mais baratos em relação a março.

O preço médio do hortifrúti em abril foi de R$ 79,17, enquanto no mês passado o custo era de R$ 75,10, o que representa um aumento de R$ 4,07. 

Dentre os produtos que ficaram mais caros no mês de abril, destacam-se o tomate e a cebola, com variação de 16,46% e 14,58%, respectivamente. Os preços médios encontrados este mês foram de R$ R$ 9,71 e R$ 10,40, enquanto em março esses alimentos custavam R$ 8,11 e R$ 8,88, respectivamente. 

Outros legumes, tubérculos e frutas também contribuíram na elevação do preço da cesta básica. Produtos como chuchu, batata-doce, e banana pacovan sofreram variações de 7,95%; 11,58%; e 6,29%, respectivamente.

Esta categoria é muito suscetível às mudanças do clima, o se refletiu diretamente nos preços ao encontrados pelos consumidores. Por exemplo, as hortaliças como cheiro verde, coentro e alface que registraram um aumento significativo de 16,50%, 14,37% e 17,95% respectivamente.