“Arte pra que? Natal não precisa!”

Quando uma cidade não protege seus artistas, sua memória amanhece raspada, pois nesta terça cinzenta de 08 de agosto os funcionários da SENSUR raspam as paredes lindamente pintadas e coloridas, que traz através de imagens pedaços personagens e poesias da nossa história natalense, ali no espaço Ruy Pereira que pertencem ao IFRN na cidade alta.


Um prédio histórico que que abrigou a Escola Industrial e ultimamente estava sendo ocupado pelos cursos do Instituto Federal.
Ao me deparar com as pinturas sendo arrancada dos nossos olhares não me contive e entrei em contato com o Reitor do IFRN José Arnóbio que informou que não estava sabendo, mas tomaria as providências imediatamente, e assim o fez.

Em pouquíssimos minutos já estava os funcionários conversando com os trabalhadores que pararam de raspar a parede.
Tentei entrar em contato com a Sensur para saber o que estava acontecendo e quem tinha autorizado a retirada das pinturas na parede, mas não obtive sucesso nesta informação.

Mas é notório a tristeza em ver as pinturas totalmente destruídas em uma manhã cinzenta como essa.
Os artistas que pesquisaram sobre os temas, utilizaram seus talentos em arte visual para agraciar a população foram simplesmente raspados.

É essa a cidade que queremos? Sem história, sem memória e sem qualquer tipo de respeito artístico?
O Reitor que está em viajem oficial em Diamantina já declarou “Foi Paralisado o Absurdo”.

Espero que a Prefeitura do Natal, a Secretaria de Cultura e a Secretaria de serviços Urbanos possam trabalhar para uma só cidade, conversando, dialogando e com planejamento.
Fico extremamente triste em saber que arte e cultura se raspam nessa cidade.

Rômulo Sckaff
08/08/2023