Quatro dos 16 novos ministros de Lula já foram investigados ou processados

Foto: RICARDO STUCKERT

Dos 16 nomes anunciados nesta quinta-feira (29) pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para integrar seu ministério, ao menos quatro já estiveram envolvidos em escândalos e foram alvos de processo, investigação ou condenação judicial. Dos 37 ministros que vão integrar o futuro governo, há 12 nas mesmas condições – um terço do total.

Entre os últimos nomes divulgados está o governador do Amapá, Waldez Goés (PDT), futuro ministro do Desenvolvimento Regional. Goés foi preso em 2010, na Operação Mãos Limpas, deflagrada pela Polícia Federal, e chegou a ser condenado a seis anos e nove meses de prisão em regime semiaberto.

Ele e outras 17 pessoas foram acusadas de integrarem um esquema que desviava dinheiro do Estado e da União. Na época, a defesa do governador alegou que não houve desvio de recursos públicos e que outros acusados no processo foram absolvidos das mesmas acusações. A ação foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2021.

Outro futuro ministro que já foi alvo de investigação é Carlos Fávaro (PSD-MT). Em 2020, o Ministério Público Federal em Mato Grosso (MPF-MT) abriu investigação contra o senador por suspeita de prática de caixa 2 nas eleições de 2018. Segundo a investigação, o deputado omitiu notas promissórias emitidas por uma gráfica nos valores de R$ 405.508,00 e R$ 60.312,00.

O senador justificou que na época o valor apontado como parte de um caixa 2 não foram ocultados da Justiça Eleitoral e que o dinheiro foi declarado após a quitação e emissão das notas fiscais. O caso acabou arquivado em fevereiro de 2022.

R7