Uma rede clandestina foi implantada dentro do Itamaraty como forma de sabotagem ao governo do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com o colunista Jamil Chade, de UOL, encontros clandestinos eram realizados para debater temas e definir passos.
O grupo atuava de forma contrária às determinações do executivo federal e agiam por conta própria, conforme revelado pelo colunista.
Essas ações podem ter implicado em diversas complicações internacionais para o governo federal e tido influência direta no resultado das eleições de 2022.
O Ministério das Relações Exteriores se manteve em silêncio sobre a publicação da matéria.
Os encontros clandestinos eram apenas uma das táticas da resistência, que também:
1- Montou um esquema de contatos diretos com governos estrangeiros, sem ter de passar pela cúpula do Itamaraty e com o objetivo de desarmar crises diplomáticas.
2 – Limitou-se a ler “a instrução que chegou de Brasília”, em reuniões na ONU, OMS ou OEA, sem uma atuação de empenho para convencer os demais países a seguir o Brasil em suas posições.
3 – Copiou documentos que poderiam ser usados para defender um diplomata contra acusações e registrar a ilegalidade de certos atos do Planalto.
4 – Gravou reuniões de forma clandestina nas quais a cúpula bolsonarista ordenou a suspensão de termos de documentos ou o veto a determinadas resoluções que citassem a palavra “gênero” ou outros temas delicados.
6 – Vazou informações para a sociedade civil sobre o posicionamento do Brasil na esperança de que uma pressão pública fosse feita para impedir que um determinado ato fosse concretizado.
7 – Publicou artigos sob o nome de outra pessoa ou de um acadêmico.
“Arrastou o pé”, diminuindo o ritmo de trabalho na implementação de instruções estabelecidas pela cúpula.
8 – Enganou a chefia ou informou o que era absolutamente necessário, ocultando da cúpula situações ou posições por parte de outros governos.
9 – Realizou reuniões sem registros na agenda oficial, impedindo que certos temas ou debates entrassem no radar da direção.
Com informações de UOL