O Rio Grande do Norte é o quarto estado que mais produz energia solar atualmente em todo o Brasil. Na frente, estão três estados que são maiores territorialmente: Minas Gerais, Bahia e Piauí.
Por esse motivo, na última década, o setor vem se destacando como gerador de negócios e oportunidades no RN, com a chamada “Geração Centralizada de Energia”, que se refere aos grandes parques de energia solar, instalados em propriedades rurais e áreas com vegetação degradada, como a caatinga, por exemplo. São plantas em grande escala, que produzem acima de 100 megawatts de energia.
Essas usinas vendem a energia produzida no livre mercado ou por meio de leilões governamentais. As grandes usinas produzem tanta energia que servem à distribuidora de energia local, a Neoenergia Cosern. E o excedente alimenta o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Essa é a primeira de uma série de reportagens produzidas pela Inter TV Cabugi sobre energias renováveis no RN (veja vídeo da reportagem).
De olho nas futuras chances no mercado de trabalho, o investimento tem sido feito na busca por profissionais qualificados. E alguns estudantes já não veem a hora de chegar o fim do ano, quando concluem o curso de instalador de sistemas fotovoltáicos. A ideia é aproveitar a demanda que o mercado tem oferecido.
“Meu pai que me botou nessa área. Ele começou para ter a empresa dele. E pra eu ir com ele, me botou pra profissionalizar já pra entrar no ramo com ele. Um ramo que está crescendo em Natal. Tem poucos instaladores pra muita demanda”, falou Moisés Ferreira, aluno do curso.
“Como eu sou mecânico, eu já tenho o básico da eletricidade. E me despertou curiosidade. E vendo o crescimento, onde a gente passa tem instalações novas. Aí eu busquei esses conhecimentos pra me aventurar nessa área”, relatou outro aluno do curso, João Batista.
Mão-de-obra qualificada
Os sistemas fotovoltáicos são os que geram energia solar, por meio de placas que transformam a luz do sol diretamente em energia elétrica. A demanda está em alta por qualificação nos cursos de energia.
O cenário do RN para esse tipo de produção é considerada favorável.
“A nossa incidência de radiação aqui no RN é muito boa. Então isso traz condições muito favoráveis para instalação de parques. A gente tem muita área não-produtiva, então a gente tem muita área disponível, que acaba que não é utilizada pra agropecuária, ou agricultura de um modo geral, então acaba disponibilizando, sendo uma área relativamente barata pra instalação desses parques”, explicou Cássio Maia, presidente da Associação Potiguar de Energias Renováveis (Aper).
g1 RN