Entregadores de aplicativos fazem greve em todo o Brasil e realizam protesto em Natal

Foto: ATAMB

 

Os motoentregadores de aplicativos iniciaram nesta segunda-feira (31) uma paralisação nacional de dois dias para reivindicar melhores condições de trabalho. O movimento, conhecido como “Breque dos APPs”, é liderado por entregadores em São Paulo e conta com o apoio de organizações como o Movimento VAT-SP e a Minha Sampa.  

Em Natal, o protesto ocorreu em frente ao shopping Midway Mall, na Avenida Salgado Filho, onde manifestantes queimaram camisetas com os logotipos dos aplicativos em sinal de indignação

O presidente da Associação de Trabalhadores por Aplicativos por Moto e Bike do Rio Grande do Norte (ATAMB), Alexandre Paixão, destacou o simbolismo da data da paralisação. “Vamos manter a greve até o dia 1º de abril para desmascarar as mentiras dessas empresas. Elas dizem que somos autônomos, mas não temos autonomia. Afirmam que há três anos aumentam nossas taxas, mas o que realmente aumenta é a precarização”, explicou.

As principais pautas da greve são: reajuste na taxa mínima de entrega para R$ 10, aumento na remuneração por quilômetro rodado para R$ 2,50, limite de 3 km para entregadores que utilizam bicicletas e o fim do agrupamento de corridas sem compensação financeira.  

A categoria também questiona os valores pagos aos entregadores de bicicleta em Natal, que enfrentam dificuldades em uma cidade de relevo acidentado. “Natal é uma cidade de dunas, e eles pagam R$ 6,50 para os trabalhadores percorrerem 5 km”, criticou Paixão.  

A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa empresas como iFood, Uber e 99, afirmou que respeita o direito de manifestação e mantém canais de diálogo com os trabalhadores.