Foto: Procon Natal
Os produtos que compõem a lista de material escolar dos estudantes (exceto livros) estão 4% mais caros em 2025, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor – Procon Natal. O levantamento apontou que o custo médio dos 36 itens analisados passou de R$ 148,06 em 2024 para R$ 154,74 neste ano, o que representa um acréscimo de R$ 6,68 no bolso do consumidor.
A pesquisa, conduzida entre os dias 13 e 21 de janeiro de 2025, incluiu 34 itens como apontadores, borrachas, canetas esferográficas, lápis de cera e de cor, tintas guache, réguas plásticas, cadernos e papéis A4 e ofício. Foram visitados 20 estabelecimentos, incluindo papelarias, livrarias e lojas de departamentos, em todas as zonas da capital potiguar.
Produtos com maior aumento e variações
Entre os itens que apresentaram maior aumento, destacam-se:
- Tinta guache 30ml (unidade): aumento de 47%, passando de R$ 1,56 para R$ 2,92;
- Papel A4, o cento: aumento de 12%, de R$ 8,67 para R$ 9,90;
- Conjunto de caneta hidrográfica com 12 unidades: aumento de 8%, de R$ 12,50 para R$ 13,57;
A pesquisa também revelou grandes variações de preço entre estabelecimentos. A régua plástica de 30 cm, por exemplo, apresentou uma variação impressionante de 505,05%, com preços que vão de R$ 0,99 a R$ 5,99. Já o corretivo líquido teve uma diferença de 402,01%, custando entre R$ 1,99 e R$ 9,99.
Orientações aos consumidores
Para lidar com o aumento dos preços, o Procon Natal recomenda aos pais e responsáveis que analisem cuidadosamente as listas de materiais escolares.
A diretora-geral do Procon Natal, Dina Pérez, orienta os consumidores a pesquisar o preço em estabelecimentos diferentes. “Nem sempre sai mais barato comprar toda a lista em um único local, portanto, variar as lojas pode ser mais econômico. Outra sugestão é que pais e responsáveis podem se reunir para efetuar compras coletivas e negociar um desconto com a loja. Não menos importante, é possível verificar com a instituição de ensino quais materiais do ano letivo anterior podem ser utilizados no ano corrente”, recomenda.
O órgão reforça que, conforme a legislação vigente, as escolas não podem exigir itens de uso coletivo, materiais de determinadas marcas, nem condicionar a compra diretamente na instituição. Caso haja irregularidades, os consumidores devem buscar resolver o problema diretamente com a escola ou acionar o Procon Natal para fiscalização.
Além disso, os materiais didáticos só podem ser substituídos se houver atualizações no conteúdo, e os pais têm o direito de realizar a entrega de forma fracionada, a cada semestre, conforme previsto pela Lei n.º 6.044/2010.
Com a alta nos preços, a pesquisa reforça a importância de planejamento e cautela para os consumidores na hora de adquirir os materiais escolares, garantindo economia sem comprometer a qualidade dos itens necessários.