Foto: divulgação / Elas no Tapete Vermelh
O bordado do Seridó, uma das mais ricas expressões artísticas e culturais do Rio Grande do Norte, foi oficialmente reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial e Artístico do estado. A Lei n.º 12.045, sancionada pela governadora Fátima Bezerra e publicada no Diário Oficial em 23 de janeiro, consolida a importância histórica e econômica dessa arte, que atravessa gerações na região do Seridó Potiguar.
A prática, que mescla tradição e talento, ganhou notoriedade nos últimos anos, marcando presença em momentos históricos como o casamento da socióloga Rosângela Silva (Janja) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e nos uniformes da delegação brasileira nas Olimpíadas de Paris.
O selo de Indicação Geográfica (IG), concedido em 2020 pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), reforça a identidade cultural dessa manifestação, destacando sua origem nos municípios do Seridó, como Timbaúba dos Batistas, Caicó e Acari.
Além de simbolizar o orgulho e a identidade da região, o bordado desempenha um papel significativo na economia local. Na pequena Timbaúba dos Batistas, por exemplo, um terço da população tem o artesanato como principal fonte de renda.
Com a nova lei, a expectativa é de maior visibilidade para o ofício, bem como a criação de políticas públicas que incentivem sua preservação e expansão.
A tradição, enraizada nas práticas socioculturais do Seridó, é reconhecida pela sofisticação técnica e pela singularidade de suas peças. O reconhecimento não apenas celebra a história e a herança cultural do Seridó, mas também reforça o potencial do bordado como um símbolo de resistência e inovação artística, capaz de conectar o passado ao presente enquanto impulsiona a economia criativa do estado.