Varredura nos pavilhões não encontra sinal de celulares em Alcaçuz

Foto: Pedro Vitorino

Sem celulares, os presos custodiado em Alcaçuz passaram a se utilizar da comunicação com advogados para repassar informações ao mundo exterior. Em 15 de março deste ano, uma advogada foi condenada a quatro anos e nove meses de prisão por chefiar um esquema de troca de mensagens com detentos em presídios do estado.

Antes disso, em 2022, o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) deflagrou a operação Carteiras 2. O objetivo foi combater ação de advogados que atuam para uma organização criminosa.

À época, um advogado foi preso na Penitenciária de Alcaçuz, em Nísia Floresta. A investigação do MPRN já apurou que ele, por diversas vezes trocou “catataus” (mensagens) com detentos, estabelecendo a comunicação entre os internos integrantes da organização criminosa que ainda estão nas ruas e as lideranças encarceradas.

O MPRN já ofereceu denúncia contra o advogado preso nesta segunda-feira e ele já é réu em ação penal. Na denúncia,  o advogado entrou na penitenciária de Alcaçuz,  em 6 de outubro de 2021, portando um print de conversa do aplicativo WhatsApp sobre venda de objeto ilícito.

No dia 27 de novembro de 2021, durante atendimento a internos da mesma unidade prisional, deixou cair um papel no parlatório. Esse “catatau” tratava de comunicação dos presos com integrantes da organização criminosa.

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