Foto: Agência Senado.
A bancada federal do Rio Grande do Norte reagiu com preocupação aos atos criminosos que ocorreram nas ruas de Natal e no interior do Estado. Alguns deputados e senadores até participaram de reunião no Ministério da Justiça, na tarde de ontem.
Em pronunciamento no plenário do Senado, o senador Rogério Marinho (PL) considerou o ocorrido como “um descontrole, caos e desespero”, tendo alertado para a “necessidade que a segurança trabalhe mais a inteligência. Assuntos como esse poderiam ter sido resolvidos se houvesse antecipação por parte do aparelho de segurança pública”.
Rogério Marinho disse que o crime tomou conta de parcelas importantes do Estado brasileiro como um todo. “O RN está imerso numa situação de descontrole, caos, desespero. Escolas fechadas, comércio fechado, população apavorada. O Estado tem nossa solidariedade, apoio e preocupação”, disse.
Rogério Marinho cobrou, ainda, mais ação da gestão da governadora Fátima Bezerra (PT). “O governo que está já teve tempo suficiente para que providências tenham sido tomadas e para que ações como essa não continuem acontecendo”. Antes, nas redes sociais, Marinho considerou “lamentável que o Estado, que já tem Mossoró e Natal como as cidades mais violentas do Brasil, continue com o governo estadual inerte, penalizando a população”.
O senador Styvenson Valentim (Podemos) disse nas redes sociais, que os ataques incendiários e depredações de patrimônios públicos e privados, mostram “mais uma vez que o crime é organizado e comanda um estado de um governo desorganizado”.
Styvenson Valentim também se pronunciou na tribuna do Senado Federal: “Acredito que essa facção, que está enraizada, mostrou definitivamente quem comanda o Estado na segurança pública. Desde ontem, e pasmem, através de comunicação criminosa, nada foi feito. Se diz que foi feito, pela segurança pública, nada conteve. Isso mostra incompetência, fraqueza do estado, humilhação”.
Por coincidência, Valentim já havia exposto nas redes sociais uma visita à Macaíba na tarde de segunda (13), cidade também vitima dos ataques da madrugada de ontem, para conhecer o local onde será construído o batalhão da PM no município, com recursos de emenda parlamentar de R$ 1,1 milhão.
“Assim é o nosso mandato, além de destinar recursos, fiscalizamos e cobramos o bom uso de cada centavo”, disse Valentim, que criticou o secretário de Segurança do Estado, o coronel reformado da PM, Francisco Araújo Silva: “Mesmo tendo conhecimento, forças de segurança do Estado, como disse o secretário, não fez nada pra conter e se fez, foi ineficiente, o que a gente assistiu, foi um terrorismo”.
Já o deputado Sargento Gonçalves (PL) classificou, nas redes sociais, os ataques como sendo “reflexo” de um “desgoverno” que é “complacente” com a “criminalidade” e não oferece o apoio necessário para atuação firme das Forças de Segurança pública do Rio Grande do Norte.
“Infelizmente, temos visto um Governo inerte, que não se posiciona e não repudia essa tipo de ação criminosa. Sabemos que é devido a esse tipo de atitude, por parte do Governo do Estado, que isso tem ocorrido”, disse Gonçalves, para quem “o Estado precisa ter mão forte, mão firme sobre a criminalidade, não tratar bandido como vitima da sociedade e valorizar, fortalecer, dar legitimidade as forças de segurança do RN”.
Já o coordenador da bancada, deputado federal, Benes Leocádio (União), declarou que “as forças de segurança ficam distantes do interior. É impossível ter policiais em quantidade para enfrentar o crime organizado em todos os 167 municípios”.
Mas, Benes Leocádio considerou como acertada a medida de transferir os líderes de facções criminosas, mas o que preocupa “é a continuidade dos ataques criminosos, principalmente nas frotas municipais”, como em Tibau do Sul, onde foram destruídos oito veículos da municipalidade.
O deputado federal, General Girão (PL) disse, no plenário da Câmara dos Deputados, que além de protocolar o pedido no Ministério da Justiça sobre auxilio de Força Nacional e até intervenção federal para garantir segurança no Rio Grande do Norte.
Por Tribuna do Norte.