Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles
Na corrida para implementar agenda positiva e instituir um marco para os 100 dias de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, em dois meses de gestão, uma série de medidas que geram impacto de mais de R$ 21 bilhões no orçamento federal previsto para 2023, segundo dados oficiais.
Desde a semana inicial do governo, Lula tem pressionado os ministros a listarem as prioridades de cada pasta, a serem efetivadas nos primeiros 100 dias de mandato. A ideia é divulgar as ações prometidas durante a campanha eleitoral e garantir que parte dos anúncios mais concretos sejam executados ainda neste semestre.
Entre os temas cobrados pelo presidente, estão:
- aumento no valor repassado para a compra de merenda escolar;
- retomada de obras paralisadas nas áreas de saúde e educação;
- fim das filas no Sistema Único de Saúde (SUS); e
- restabelecimento do programa Farmácia Popular.
Para além desses assuntos, o presidente anunciou, nos últimos dois meses, as seguintes medidas:
- reajuste do salário mínimo (com impacto de R$ 4,8 bilhões);
- correção da tabela do Imposto de Renda (impacto de R$ 3,2 bilhões);
- reajuste dos servidores (impacto de R$ 11,2 bilhões); e
- reajuste de bolsas de pesquisa (impacto de R$ 2,4 bilhões).
Salário mínimo
No último mês, o presidente Lula confirmou que o governo vai reajustar o valor do salário mínimo dos atuais R$ 1.302 para R$ 1.320, a partir de maio. Na ocasião, ele disse que será retomada a política do piso usada em governos petistas, que leva em conta o reajuste da inflação, mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
Imposto de Renda
Também em fevereiro, o Palácio do Planalto anunciou que vai elevar a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para trabalhadores que recebem até dois salários mínimos, ou seja, R$ 2.640.
Servidores
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos propôs, há duas semanas, reajuste linear — ou seja, a todos servidores do Executivo federal — de 8% a partir de março deste ano. O percentual tem sido rejeitado pelas centrais sindicais, que pedem nova rodada de negociação, ressaltando que os salários dos servidores federais estão congelados há seis anos.
Com informações de Metrópoles