Foto: Alex Régis.
As fraudes de identidade, embora não estejam entre as prioridades de alertas de segurança para o cidadão, são motivos de grande de preocupação. Isso porque, o golpista usa dados de outras pessoas para obter vantagem ilícita, como para fazer compras, transferir dinheiro, abrir contas ou solicitar empréstimos no nome de terceiros ou de uma pessoa fictícia com dados de pessoas reais. Para tal propósito, podem ser utilizados o CPF, o RG, a carteira de motorista, endereço, dados bancários, entre outros.
Neste sentido, em novembro do ano passado, foram registradas 895 tentativas de fraudes de identidade contra consumidores do Rio Grande do Norte. Com isso, o Estado ocupa a 2ª colocação entre os estados da região Nordeste em tentativas de golpes a cada um milhão de habitantes.
O 1º lugar do Nordeste ficou com Pernambuco, que teve 910 tentativas a cada um milhão de habitantes. No entanto, ambos os estados estão com resultados inferiores ao da média nacional, que marcou 1.315 tentativas de fraude a cada um milhão de habitantes.
No acumulado de janeiro a novembro de 2022, o Brasil sofreu com mais de 3,6 milhões de tentativas de fraude de identidade, o que representa uma a cada 8 segundos.
Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, o coordenador geral do Instituto Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-RN), Thiago Silva, explica que, ao realizar compras por meio da internet, o aconselhável é dar preferência para sites que tenham sistema antifraude, com certificados que protegem os dados fornecidos pelos consumidores.
Em relação ao cartão de crédito, usar o virtual, que é válido por pouco tempo, pode ser uma boa opção para ter maior segurança em compras online.
De acordo com Thiago Silva, outra dica é acompanhar o número de reclamações e comentários do site “Reclame Aqui”.
“É sempre importante ver o que estão falando e comentando sobre as compras daquela loja. O consumidor terá uma noção do que está comprando”, aconselha.
A alta quantidade desse tipo de crime é um efeito de grandes vazamentos de dados que ocorreram nos últimos anos. Desta forma, o coordenador do Procon recomenda ao consumidor que tive problemas com os seus dados a procurar a Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon), na Central do Cidadão, localizada no bairro do Alecrim e, registar um Boletim de Ocorrência.
“Caso o dinheiro não volte para a conta, o cidadão pode ir para o Procon, que fica no mesmo local e explicar a situação em que se encontra. Ele (deve apresentar) o boletim de ocorrência. O Procon, então, será intermediador entre consumidor e operadora”, finaliza.
Por Tribuna do Norte.