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O governo federal afastou uma nova leva de militares do gabinete da Vice-Presidência e do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) nesta 4ª feira (25.jan.2023). Ao todo, foram 11 afastamentos, sendo 2 da vice-presidência e 9 do GSI.
Além dos afastamentos, outros 4 militares foram designados para os cargos de assistente, especialista e assessor militar do GSI.
As portarias foram assinadas na 3ª feira (24.jan.2023) e publicadas no Diário Oficial da União nesta 5ª feira.
Essa é a 4ª leva de dispensas de militares que foram iniciadas na última semana pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao menos outros 63 militares já foram afastados de cargos institucionais próximos à Presidência e Vice-presidência da República.
As dispensas acontecem depois que Lula declarou, em 12 de janeiro, que tem desconfianças em relação aos militares e afirmou que “muita gente” das Forças Armadas foi “conivente” com a invasão aos Três Poderes. Ele também disse que alguém abriu a porta para que a turba entrasse.
O presidente demonstrou que não confia o suficiente em militares que não conhece há anos para tê-los à sua volta. Eis a declaração:
“Agora, por exemplo, eu não tenho ajudante de ordens. Meus ajudantes de ordens são meus companheiros que trabalharam comigo antes. Por que eu não tenho? Eu pego o jornal está o motorista do Heleno dizendo que vai me matar e que eu não vou subir a rampa. O outro diz que vai me dar um tiro na cabeça e que eu não vou subir a rampa. Como é que eu vou ter uma pessoa na porta da minha sala que pode me dar um tiro? Então eu coloquei como meus ajudantes de ordem os companheiros que trabalham comigo desde 2010, todos militares.”
Por Poder 360.