Prostitutas também se reúnem em Davos: Fórum Econômico Mundial aquece a procura por serviços sexuais

Foto: Reprodução/Instagram

A elite global que se reúne para o Fórum Econômico Mundial em Davos a fim de discutir os maiores problemas do planeta — de aquecimento global à desigualdade de gênero — também aquece na fria cidade da Suíça um setor da economia informal: a prostituição.

A demanda por trabalho sexual dispara a cada ano na reunião de líderes mundiais e magnatas dos negócios que vêm de todo o mundo para discutir temas variados.

Acompanhantes se hospedam nos mesmos hotéis que chefes poderosos e seus funcionários durante a cúpula de cinco dias, que começou na segunda-feira (16/1).

Uma trabalhadora do sexo chamada Liana disse que se veste com trajes de negócios para não se destacar entre os executivos, apesar da prostituição ser legal na Suíça, contou ela ao jornal alemão “Bild”.

Liana acrescentou que vê regularmente um americano que visita a Suíça várias vezes ao ano e está entre os 2.700 participantes da conferência.

Liana cobra cerca de €700 (R$ 3.850) por uma hora de serviço e € 2.300 (R$ 12,6 mil) pela noite inteira, mais despesas de viagem.

A gerente de um serviço de acompanhantes em Aargau (Suíça), a 160 quilômetros do local da reunião de cúpula, diz que já recebeu 11 reservas e 25 consultas por programas sexuais e espera que muitas outras cheguem esta semana.

“Alguns também reservam acompanhantes para eles e seus funcionários para festejar na suíte do hotel”, contou ela ao jornal “20 Minuten”.

Salome Balthus, garota de programa e escritora, postou no Twitter:

“Encontro na Suíça durante o Fórum significa olhar para os canos das armas dos seguranças no corredor do hotel às 2 da manhã. E depois dividir com eles os chocolates do restaurante e fofocar sobre os ricos.”

O mulher de 36 anos está hospedada em um hotel perto de Davos durante a cúpula, mas se recusou a revelar quem são os clientes influentes.

“Acredite em mim, você não quer entrar em litígio com eles”, advertiu ela.

Em 2020, uma investigação do jornal “The Times” encontrou pelo menos 100 prostitutas viajando para Davos para a cúpula, de acordo com um policial suíço. Um motorista oficial do fórum disse que pegou em um hotel uma prostituta que alegou ter sido forçada pelo seu chefe a dormir com um cliente mais velho que estava participando da cúpula.

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