“Eu estava sentada no banco, de frente ao poste, quando aconteceu. Ele apenas se sentou no poste e começou a levar um choque. Ele até disse: ‘Ai…”, mas não completou a frase, já foi se deitando, eletrocutado, e ali ficou deitado”, contou.
Jadna falou que as pessoas tentavam tirá-lo dali, mas sentiam receio de serem vítimas também.
“A gente tentou, mas todo mundo estava com medo de puxar e também levar um choque. Chegou um rapaz e deu um empurrão nele com o pé para sair dali. Os meninos levaram ele na UPA [de Cidade da Esperança] de carro para tentar socorrer, mas quando chegaram lá, ele já estava sem vida”.
Jadna contou que o “problema já havia acontecido” antes. “Os meninos têm mania de, às vezes, se escorarem para descansar, levam choque e saem. Assim que ele sentou, eu avisei que dava choque, só que já foi tarde”, disse.
O porteiro Janderson Andrade, que também faz parte do Movimento de Luta por Moradia, alertou que a quadra está em condições precárias há “muito tempo”.
Ele conta que as luzes da quadra acendem por volta das 18h automaticamente e que toda a praça é frequentada por famílias e crianças, mas a quadra, principalmente, tem maior frequência de quem pratica esportes.
O porteiro diz que não lembra sequer a última vez que o local passou por qualquer tipo de manutenção, a não ser uma limpeza.
“Essa situação não pode acontecer novamente. Para resolver esse problema, a quadra tem que ser reformada e entregue novamente com tudo novo”.