As vendas de veículos novos somaram 180,9 mil unidades em outubro, resultado 6,7% menor do que o do mês anterior. Foi a segunda queda seguida após o melhor resultado mensal do ano obtido em agosto, de 208,6 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus vendidos no País.
Em relação a igual mês do ano passado, as vendas aumentaram 11,5%. No acumulado do ano, somam 1,65 milhão de unidades, queda de 5% em relação aos números do mesmo período de 2021.
Falta de semicondutores para algumas marcas – e consequentemente de alguns modelos -, juros altos para financiamento e expectativas em relação aos resultados das eleições podem ter afastado os consumidores das concessionárias no mês passado.
Os dados do mercado são preliminares. Os oficiais devem ser divulgados nesta quinta, 3, pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Meta
Esse resultado pode dificultar o setor a atingir a meta de encerrar o ano com vendas totais de 2,14 milhões de veículos previstos pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). No mês passado, o presidente da entidade, Márcio de Lima Leite, ressaltou que para chegar a esse número seriam necessárias vendas médias mensais de 212 mil unidades no último trimestre do ano.
O segmento de automóveis e comercias leves somou vendas de 169,2 mil unidades, 6,8% abaixo de setembro e 12,3% melhor do que em outubro de 2021. No ano, foi vendido 1,57 milhão de veículos dessas categorias, volume 3,4% inferior ao de um ano atrás.
A consultoria Bright Consulting ressalta que a participação de vendas diretas no mercado total foi de 51%, ou seja, metade dos negócios no mês passado foi para locadoras e frotistas, fatia que vem se mantendo nessa média nos últimos meses.