Marina Lourenço
Em meio à lama que dominou o chão do terceiro dia do Rock in Rio, dezenas de milhares de fãs de Luísa Sonza se espremeram para ver a cantora, que começou a se apresentar às 17h20, no palco Sunset.
Foi um show morno. Conhecida por hits pop e apresentações animadas, Sonza tinha potencial para entregar muito mais do que fez em sua primeira participação no festival, mas optou por incrementar carisma e empolgação —tanto em termos de setlist quanto de presença de palco— só ao fim da performance.
A cantora abriu sua apresentação ao som de “Intere$$eira” e, depois, emendou com “VIP*-*” e “Toma”, parceria sua com MC Zaac. Também cantou músicas como “Boa Menina”, “Sentadona”, “Cachorrinhas” e “Modo Turbo”.
Como esperado, Sonza chacoalhou bastante a bunda —ora vestida com uma calça, ora com uma minissaia—, ao lado de dançarinos. Ela provocou gritos empolgados dos fãs, que cantavam as canções e faziam dancinhas do TikTok.
Revelação do pop nacional em 2021, Marina Sena subiu ao palco e dividiu o microfone com Sonza numa curta participação, que contou com canções como “Por Supuesto” e “Voltei pra Mim”.
O som do microfone de Sena estava baixo e, em vários momentos, não era possível ouvir sua voz com nitidez, sobretudo na área mais afastada do palco. A cantora também não ofereceu grande empolgação.
Um momento emocionante foi durante “Melhor Sozinha :-)-:”, canção de Sonza em parceria com Marília Mendonça, morta no ano passado num acidente aéreo. “A gente só tem a agradecer à Marília”, ela disse, numa fala de homenagem à principal voz do feminejo. Enquanto isso, o telão exibia uma fotografia de Mendonça.
Sonza também cantou “Primeiro de Julho”, de Cássia Eller. Assim como em “Melhor Sozinha :-)-:”, essa foi uma das músicas em que a cantora desafinou ao tentar se arriscar em melismas. O público, porém, pareceu não se importar.