Julho termina com evento imperdível: a travessia dos restos cósmicos do Cometa 96P Machholz – conhecida como chuva de meteoros Delta Aquáridas. O cometa, descoberto em 1986, leva o nome de Donald Machholz, e demora cerca de cinco anos para percorrer a órbita completa do Sol.
A Delta Aquáridas terá a taxa de meteoros por hora no ponto máximo na madrugada de 28 para 29 de julho. Entretanto, mesmo alguns dias antes e depois, a chuva proporciona uma boa quantidade de “estrelas cadentes”.
Existem dois radiantes para essa chuva, o boreal (mais visível no hemisfério Norte) e o austral (mais visto no hemisfério Sul). Para nossa sorte, o segundo é o mais ativo dos dois, com taxas que variam de 13 a 30 meteoros por hora. Seus meteoros são amarelos ou amarelo-azulados, com traços longos e não muito brilhantes, e riscam o céu em velocidades moderadas.
Cometas são corpos celestes constituídos por uma cabeça (também chamada de núcleo) e uma cauda, ou bólido. Eles giram em torno do Sol e suas órbitas podem variar de um cometa para outro, explica Beatriz García.
Nesse processo de translação, o corpo celeste perde fragmentos ao se aproximar do Sol. Essas partículas são compostas de gelo e a massa brilhante observada no céu é o espectro de luz, visível da Terra, que pode ser visto como estrelas cadentes.
À medida que as partículas se desprendem, elas se aproximam da atmosfera terrestre puxadas pela gravidade da Terra. O gelo muda então seu estado material ao passar pela atmosfera: “Ele se acende como um fósforo e sua deterioração pode ser observada do solo”, explica à National Geographic a astrofísica e pesquisadora do Conselho Nacional de Pesquisa Científica e Técnica da Argentina (Conicet) Beatriz García.