Neste 14 de junho, Dia Mundial do Doador de Sangue, a Câmara Municipal de Natal (RN) realizou uma solenidade em homenagem aos 18 anos da Associação dos Doadores de Sangue e Medula Óssea (Adosan RN), criada e presidida pelo servidor público Paulo Neris, maior doador de sangue do mundo, com 338 doações realizada, aos 55 anos de idade.
“Quem doa sangue, doa vida. E a doação é um ato voluntário e anônimo, por isso é uma expressão pura de amor. Essas pessoas precisam ser reverenciadas. E além de homenagear os doadores, essa solenidade é para dar visibilidade a essa causa e informar à população natalense que é preciso doar”, justificou a propositora da homenagem, vereadora Nina Souza (PDT).
A Adosan tem representação nos 167 municípios potiguares e contabiliza mais de 32 mil doadores cadastrados em todo o RN. “É muito gratificante que essa Casa Legislativa dê destaque a essa causa”, agradeceu Paulo Neris, que dá palestras voluntárias em colégios e empresas, para sensibilizar pessoas a se tornarem doadores fidelizados e divulgar a necessidade de manter os estoques abastecidos permanentemente.
Durante a sessão solene foram homenageadas 45 pessoas “que doam ou que se doam pela causa”, como explicou o presidente da Adosan. Pessoas como o coronel da PM/RN Nilo Henrique Nunes Caldas, nomeado embaixador da Adosan, pelo trabalho de arregimentar doadores na corporação, nas igrejas e por onde estiver, como disse ele. “Aos vinte e poucos anos de idade fui tentar doar sangue pela primeira vez, mas fui impedido. Então decidi doar meu tempo e dedicação, o que me fez arrecadar muito mais doações do que se apenas eu próprio tivesse doado”, contou o militar, que com isso se juntou ao trabalho já realizado por Paulo Neris. Ele destaca a importância da classe política abraçar a causa e alerta que, em Natal, os estoques de sangue estão sempre baixos o que põe a cidade em risco de não poder socorrer pessoas, no caso de grandes ocorrências.
Também foram homenageados jornalistas que não apenas doam sangue, mas abrem espaços de divulgação para causa. “Eles foram muito importantes, pois quando comecei com a Adosan não existiam redes sociais e essas pessoas me ajudaram a dar visibilidade à necessidade da população doar sangue”, lembra Paulo Neris.