Os países devem tomar medidas rápidas para conter a propagação da varíola dos macacos e compartilhar dados sobre seus estoques de vacinas. O alerta foi feito por uma autoridade da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira 27. “Achamos que, se implementarmos as medidas corretas agora, provavelmente podemos conter isso facilmente”, disse Sylvie Briand, diretora da OMS para Preparação Global para Riscos Infecciosos, na 75ª edição da Assembleia Mundial da Saúde, que acontece em Genebra, na Suíça.
A varíola dos macacos é uma infecção viral geralmente leve que é endêmica em partes da África Ocidental e Central. A doença se espalha principalmente por contato próximo e, até o recente surto, raramente era vista em outras partes do mundo, razão pela qual o recente surgimento de casos na Europa, Estados Unidos e outras áreas levantou alarmes.
Até agora, existem cerca de 300 casos confirmados ou suspeitos em cerca de 20 países onde o vírus não circulava anteriormente. “Para nós, a principal prioridade atualmente é tentar conter essa transmissão em países não endêmicos”, disse Sylvie em um comunicado técnico para os países.
As medidas necessárias incluem a detecção precoce, isolamento de casos e rastreamento de contatos, acrescentou. Os países também devem compartilhar informações sobre estoques da primeira geração de vacinas contra a varíola, que também podem ser eficazes contra a varíola dos macacos, disse Sylvie.
“Não sabemos exatamente o número de doses disponíveis no mundo e é por isso que incentivamos os países a procurar a OMS e nos dizer quais são seus estoques”, disse ela. Um slide de sua apresentação descreveu os suprimentos globais como “muito limitados”.
Atualmente, os especialistas da OMS estão desaconselhando a vacinação em massa, sugerindo a vacinação direcionada, quando disponível, para contatos próximos de pessoas infectadas. “Investigação de casos, rastreamento de contatos, isolamento em casa serão suas melhores apostas”, disse Rosamund Lewis, chefe do secretariado de varíola da OMS, que faz parte do Programa de Emergências da OMS. (Com informações da Agência Reuters).
Agora RN