Os resultados do bom inverno de 2022, na região do semiárido, estão aparecendo nas lavouras plantadas com as sementes de milho, feijão e sorgo distribuídas pelo Governo do RN através do Programa Banco de Sementes, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape) e executado pela Emater-RN.
Através do programa, os agricultores familiares garantem o plantio de subsistência com o milho e feijão, e suporte forrageiro para o rebanho com o sorgo.
Foram 724,12 toneladas de sementes para reposição dos bancos na safra deste ano, das quais 129,1 toneladas foram de feijão IPA 207; 118,4 toneladas do tipo Riso do Ano; 306,2 toneladas de milho Cruzeta; e 170,26 toneladas de sorgo forrageiro.
Pelo Rio Grande do Norte afora, o Programa Banco de Sementes atendeu 162 municípios, 1.813 bancos de sementes e beneficiou 55.761 agricultores familiares cadastrados pela Emater-RN. O investimento chegou a R$ 9,8 milhões, sendo R$ 3,5 milhões a mais que em 2021.
O município de Mossoró, por exemplo, concentra a maior quantidade de famílias atendidas pelo programa, 1.728 no total. Segundo o engenheiro agrônomo e extensionista do escritório da Emater de Mossoró, Alexandre Dantas, depois que as sementes são entregues no início do ano, os técnicos fazem vistorias nas lavouras aproveitando visitas de campo relacionadas a outras ações e acompanham o desenvolvimento do que foi plantado. Com esse contato permanente, conseguem agir em caso de pragas ou doenças e reportam esses casos por meio de relatório técnico à Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape).
Outro meio de acompanhar o desenvolvimento do plantio é com o uso da tecnologia, através dos grupos de mensagem. “Nossa zona rural é muito extensa. E, para facilitar esse contato, já utilizamos grupos de mensagem para fazermos mobilização dos agricultores para reuniões e outros assuntos, principalmente após a pandemia. Então, trocamos muitas informações por esse meio. Os agricultores postam fotos e têm acesso direto conosco”, disse Alexandre Dantas.
Atualmente, os técnicos da Emater estão realizando a prestação de contas dos bancos de sementes junto à Sape. Os dados são atualizados até meados do ano e subsidiam o planejamento para a safra do ano seguinte.
A agricultora Risolene Vitorino de Oliveira Lima, do P.A. Fazenda Hipólito, plantou este ano seis hectares, sendo quatro hectares de milho. A maior parte ela ainda compra, mas as sementes recebidas pelo programa já ajudam no montante final do que colhe. No entanto, o sorgo e o feijão cultivados por Risolene são totalmente vindos da ação do Governo do Estado.
Agricultora da Agrovila Montana, do Assentamento Maísa, Ivete Dantas da Rocha plantou 9,5 hectares, sendo a área de feijão totalmente do Programa Banco de Sementes. O milho e o sorgo são um incremento.
Do outro lado do Estado, na região Agreste, os agricultores também estão presenciando o bom desenvolvimento das lavouras devido ao bom tempo e à entrega das sementes em prazo oportuno, ainda no mês de janeiro.
A agricultora Josefa Gomes, da comunidade Piranhas, no município de Santo Antônio, plantou uma área de dois hectares de milho, cujos grãos serão destinados à alimentação de pequenas criações.
Já o agricultor Gilvane de Oliveira Rocha, da comunidade Barrentas, em Serrinha, é beneficiário do projeto Dom Helder Câmara desde 2017, outra ação executada pela Emater, e tem eu seu sítio uma área plantada de 1 hectare de milho, destinada à conservação de forragem.
Segundo o técnico agrícola Aureliano Ribeiro, que atende nos municípios de Santo Antônio e Serrinha, as sementes de milho, feijão e sorgo estão aptas à silagem após 75, 45 e 90 dias, respectivamente. No regional de São José de Mipibu, são 130 bancos de sementes e 3.746 agricultores familiares cadastrados pela Emater-RN.
Governo e Fiern passam a compartilhar dados no Mais RN
O Governo do Estado e a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern) assinaram um termo de cooperação técnica que vai permitir o compartilhamento da base de dados da Secretaria Estadual de Tributação (SET-RN) e da plataforma Mais RN, mantida pela federação. A proposta é, através do intercâmbio de informações, abrir possibilidades de pesquisas e políticas públicas em prol do desenvolvimento econômico do Estado.