Assembleia-geral da ONU suspende Rússia do Conselho de Direitos Humanos

A Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) obteve maioria, nesta quinta-feira (7) para suspender a Rússia do Conselho de Direitos Humanos do órgão, pedida em uma resolução apresentada ao órgão.

A resolução, adotada pela minuta de 193 membros da Assembleia-Geral, expressa “grande preocupação com a crise humanitária e de direitos humanos em andamento na Ucrânia“, particularmente com relatos de abusos de direitos por parte da Rússia.

Foram 93 votos favoráveis, 24 contra e 58 abstenções. Era necessária uma maioria de dois terços dos membros votantes –as abstenções não contam– para suspender um país do conselho de 47 membros.

O Brasil foi um dos que decidiu se abster na votação. Ronaldo Costa Filho, embaixador do Brasil na ONU, disse que o país “está comprometido em encontrar formas de cessar as hostilidades imediatamente, promover um diálogo real em busca de uma solução sustentável e pacífica, garantindo respeito aos direitos humanos e ao direito humanitário”.

A China, que vinha gerando questionamentos por não condenar explicitamente a invasão russa da Ucrânia, foi um dos 24 países que votaram contra a suspensão do país do Conselho.

Na sessão, o vice-embaixador russo nas Nações Unidas, Gennady Kuzmin, pediu a todos os estados-membros que rejeitassem a decisão, chamando o projeto de “um precedente perigoso”.

A Rússia reagiu dizendo que a votação dos Estados-membros para suspendê-la do Conselho de Direitos Humanos da ONU é ilegal e politicamente motivada, informou a agência de notícias RIA. A RIA também citou Gennady Kuzmin, vice-embaixador russo nas Nações Unidas, dizendo que a Rússia decidiu desistir de sua adesão em 7 de abril.