Apenas 8,9% dos adolescentes de 16 e 17 do Rio Grande do Norte já tiraram o título de eleitor e estão aptos a votar no pleito de outubro. É o que aponta um levantamento feito pelo NOVO Notícias com base em dados do Tribunal Regional Eleitoral do RN (TRE-RN) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a Justiça Eleitoral potiguar, até o início de março deste ano, período de referência com dados consolidados mais atualizado, 9.684 eleitores com 16 anos ou 17 anos no estado já fizeram o título de eleitor. Esse número representa 8,9% da população projetada dessa faixa etária neste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que é de 107.978 pessoas.
O voto nessa idade é facultativo para essa faixa etária no Brasil e obrigatório apenas depois dos 18 anos. O prazo para quem deseja retirar o documento termina no dia 4 de maio. A estudante Larissa Macedo, de 17 anos, aluna do curso de informática do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), que está realizando os procedimentos para tirar seu título, comentou sobre a importância de participar das eleições em 2022 e decidir por meio do voto, os rumos do país e da sociedade brasileira.
“Está faltando apenas alguns documentos, entretanto, não quero mais adiar. Assim que eu tiver com tudo pronto, já quero fazer meu título, porque quero muito votar nas eleições desse ano, pois é um momento que julgo muito importante para definir o futuro do meu pais e da sociedade”, disse Larissa.
A vereadora pelo município de Natal, Brisa Bracchi (PT-RN), que foi a mulher mais jovem da história da capital potiguar eleita para a Câmara de Vereadores, com apenas 22 anos, também opinou sobre os motivos da baixa adesão dos jovens em tirar o título para as eleições de 2022.
“No último período vivenciamos ondas tanto de criminalização quanto de descrédito da política. Eu avalio que esses dois elementos são centrais para reflexão do porquê dos jovens não estarem realizando em maior proporção o alistamento eleitoral. Foi construída uma narrativa que a política, os políticos não prestam”, pontuou Brisa.