Profissionais de Saúde de Natal devem se reunir em assembleia unificada no próximo dia 4 de abril para definir sobre a possibilidade de indicativo de greve na rede. Nessa quinta-feira (24), servidores protestaram em frente à sede da Prefeitura, no Centro da cidade, para pressionar o prefeito Álvaro Dias (PSDB) a dialogar sobre as demandas da categoria.
Os profissionais também fizeram uma parada de advertência nos atendimentos como forma de cobrar uma posição do chefe do executivo. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do RN (Sindsaúde), os serviços serão normalizados nesta sexta-feira (25).
Sindicato informou que os profissionais não conseguiram conversar com o prefeito e, por isso, a assembleia foi agendada para abril. As principais reivindicações dos trabalhadores, de acordo com o Sindsaúde, se referem ao cumprimento da data-base, à revisão e atualização do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV), à implantação de gratificações, melhores condições de trabalho e convocação do cadastro de reserva do último concurso.
“A categoria passou a manhã toda em frente à Prefeitura, tentou uma audiência com o prefeito e foi informada que ele não estava lá (mais uma vez). Vale ressaltar que Álvaro Dias se recusa a atender os sindicatos, e não é de agora. Desde que ele assumiu a gestão, mantém essa postura”, afirmou o Sindasúde. “Na segunda-feira (28), haverá um ato que está sendo denominado ‘Abraçaço do Hospital Municipal de Natal”, em defesa da ameaça de fechamento da unidade”, pontou o Sindicato em seguida.
O Sindsaúde reclama que os trabalhadores não recebem reajuste desde 2014. “São profissionais concursados, com formação técnica e que estão recebendo de um salário mínimo a R$ 1,3 mil. É um absurdo. O salário desses servidores não consegue mais acompanhar o custo de vida do brasileiro”, afirma o Sindicato. Além disso, a categoria reclama do recente aumento de salário para o prefeito e secretários.
“Enquanto os trabalhadores da saúde municipal de Natal, que ainda são linha de frente no combate à pandemia, tiveram sua gratificação covid retirada no início do ano, o prefeito aumentou o próprio salário e o de secretários, em 60%. Isso é inadmissível”.
A paralisação da quinta atingiu todos os serviços de saúde da capital, como hospitais, UPAs e postos de saúde. “Nesta sexta, o funcionamento nas unidades volta ao normal, mas com a expectativa de que em breve, caso a categoria não seja atendida, uma greve pode ser deflagrada”, disse o Sindicato.
A assessoria de Comunicação do Município informou à TRIBUNA DO NORTE que “a Prefeitura está analisando as reivindicações, tendo que levantar e pesar o impacto financeiro que elas vão acarretar”. Ainda segundo a assessoria, não há definição sobre uma possível reunião com os trabalhadores.