Servidores da saúde de Natal realizam desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira (24) um protesto em frente ao Palácio Felipe Camarão, sede da prefeitura, em uma manifestação contra as más condições de trabalho e a falta de diálogo com a gestão do prefeito Álvaro Dias (PSDB) com relação a demandas da categoria.
O protesto faz parte de um conjunto de mobilizações que ocorrem nesta quarta-feira na cidade. Os servidores fazem também uma parada de advertência nos atendimentos para cobrar da gestão municipal respostas para uma série de reivindicações.
A paralisação atinge todos os serviços de saúde da capital, como hospitais, UPAs e postos de saúde. Segundo o Sindsaúde, sindicato da categoria, a manifestação serve para “denunciar a falta de diálogo do prefeito de Natal, que há anos não atende as reivindicações da saúde do município”.
Os servidores da saúde de Natal reivindicam o cumprimento da data-base, a revisão e atualização do plano de cargos, a implantação das gratificações, melhores condições de trabalho e convocação do cadastro de reservas do último concurso, entre outras pautas.
Durante a manifestação desta quinta, servidores chegaram a pedir uma reunião com Álvaro Dias, mas foram informados que o prefeito não estava no local. A categoria diz que o Gabinete Civil informou que a audiência poderá acontecer depois. “Em resumo, mais uma vez, a gestão municipal se nega a receber e dialogar com os trabalhadores”, disse o Sindsaúde em nota.
No protesto, a categoria também decidiu marcar uma assembleia para o dia 4 de abril para decidir se os servidores entrarão em greve ou não. Também ficou acertado que um novo protesto será realizado na próxima segunda-feira (28) em frente ao Hospital Municipal.
Os funcionários da saúde também criticam o prefeito Álvaro Dias por ter autorizado um aumento de 60% para o próprio salário no último mês de dezembro. Agora, o tucano recebe R$ 32 mil, sendo R$ 12 mil de uma gratificação (jeton). A categoria da saúde, por sua vez, está há 8 anos sem aumento.
Além de categorias ligadas ao Sindsaúde, participam do protesto os sindicatos dos Odontologistas (Soern), Enfermeiros (Sindern) e dos Farmacêuticos (Sinfarn).