Há uma década entre os 22 melhores surfistas do mundo, o potiguar Jadson André disputa, atualmente, a permanência na elite da Liga Mundial de Surfe (WSL) em 2023. Aos 32 anos de idade, ele é o mais experiente entre os representantes brasileiros do Circuito Mundial.
Mesmo com todo o prestígio já conquistado, as metas de Jadson vão longe, literalmente. O surfista sonha em ser campeão mundial e pretende disputar as próximas Olimpíadas, em Paris, França, em 2024.
“Eu tenho várias metas ainda. Sei que cada vez mais foge da nossa realidade, mas eu sempre sonhei em ser campeão do mundo. E já que as próximas olimpíadas vão ser onde eu mais amo surfar, seria incrível se eu conseguir entrar no time”, contou o potiguar.
Nascido e criado na Vila de Ponta Negra, na zona Sul de Natal, Jadson André descobriu o surfe precocemente, aos 10 anos de idade. O que começou como uma brincadeira sem compromisso, logo se tornou uma paixão para a vida toda. Hoje ele é referência para os surfistas mais novos, profissionais ou amadores – principalmente entre a garotada que frequenta a Praia de Ponta Negra, pico favorito do atleta desde os tempos de criança.
Como surfista profissional, Jadson carrega na bagagem muita experiência e títulos importantes. Um de seus feitos mais notáveis, que lhe rendeu admiradores por todo o mundo, foi o troféu de campeão da etapa brasileira do ASP World Tour em 2010. No evento, realizado em Santa Catarina, ele obteve uma vitória memorável sobre Kelly Slater, uma lenda viva do esporte que já foi campeão mundial onze vezes.
Na época, com apenas 20 anos de idade e estreante na divisão da elite mundial do surfe, a conquista teve uma repercussão ainda maior por ser a primeira vez desde 1998 que um brasileiro conseguiu obter o título em casa nesta competição.
Ao longo de sua carreira, Jadson André também trouxe para casa os títulos de Campeão Mundial Júnior, Campeão do World Men’s Qualifying Series (WQS) em Durban e Terceiro colocado no Circuito Mundial WQS, além de ter sido vice campeão por duas vezes no Mundial Pró Júnior e, em 2019, nos três primeiros eventos do ano (QS 2019) já garantiu participação em três finais e segue liderando o ranking de forma isolada.
História de Jadson pode virar filme
Toda essa trajetória pode parar nos cinemas. Em suas redes sociais, Jadson revelou que foi convidado para fazer um filme sobre sua história. No entanto, a produção não é prioridade para o surfista no momento.
“Foi um australiano que viajou o Circuito Mundial filmando e observando tudo durante uns seis, sete anos, e me convidou. Mas ainda não demos continuidade na conversa, pois isso vai exigir muito de mim e meu foco ainda são as performances dentro d’água. Vou extrair do surf até onde eu não aguentar mais”, revelou.
Mas a produção não é a primeira a ser feita sobre o atleta. Em 2019, foi lançado e exibido em Natal o documentário ‘Jadson – Além do horizonte’, gravado durante as etapas da divisão de acesso do Circuito Mundial no Japão, Portugal e Havaí, em 2018, e que faz um paralelo entre a vida do surfista na sua terra natal e as viagens para competir.
O canal OFF e a WSL também já fizeram produções sobre Jadson. Além disso, tem um projeto de 2021 no forno, que o surfista não pôde dar detalhes.
Mas se a vida profissional continua rendendo bons frutos, a vida pessoal não fica para trás. Recentemente o surfista assumiu um relacionamento com a jornalista e apresentadora da Inter TV Cabugi, Emmily Virgílio. No Instagram, ambos publicaram fotos juntos com declarações.
“Eu sou muito grato a Deus por ter colocado você na minha vida! Obrigado por me ensinar todos os dias, obrigado por me fazer uma pessoa muito melhor, obrigado por ter mudado a minha vida”, se declarou o potiguar para a amada.