Com o aumento nos combustíveis causado pela guerra na Ucrânia, o setor aéreo deve ser impactado. Segundo companhias e associação do setor, a expectativa é que as passagens fiquem mais caras, viagens sejam adiadas e seja mais difícil incluir novos destinos.
A Rússia é o maior fornecedor de gás e combustível para a Europa. Com o conflito, esse fornecimento fica comprometido – aumentando, portanto, a demanda. Dessa forma, é criada uma crise global em busca de combustíveis, que causa o aumento no preço que chega até os consumidores.
Com a alta nos preços, também encarece o principal combustível para a aviação: o querosene de aviação (QAV).
De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), o encarecimento do QAV gera impacto na retomada das operações aéreas, além de inviabilizar destinos mais caros. Além disso, a alta dos combustíveis deve impactar o transporte de cargas e toda a cadeia produtiva do turismo.
“Diante desse cenário”, disse organização, “a ABEAR informa que o consequente encarecimento do QAV nos curto e médio prazos poderá frear a retomada da operação aérea, o atendimento logístico a serviços essenciais e inviabilizar rotas com custos mais altos, incluindo o foco na expansão de mercados regionais, num setor que acumula prejuízo de R$ 37,4 bilhões de 2016 até o terceiro trimestre de 2021”.
A associação defendeu que medidas emergenciais de contenção de preços que incluam a querosene de aviação sejam tomadas para tentar amenizar a crise.