Sinalizando uma mudança em relação à postura anterior do governo dos Estados Unidos, o presidente Joe Biden chamou o presidente russo, Vladimir Putin, de “criminoso de guerra” nessa quarta-feira (16). A declaração chegou rápido ao Kremlin, que considerou a fala como “inaceitável”.
Embora autoridades, incluindo Biden, já tenham parado de dizer que crimes de guerra estavam sendo cometidos na Ucrânia, citando investigações em andamento sobre se esse termo poderia ser usado, os oficiais também deixaram claro que acreditam que “atrocidades estão em andamento” e que o ataque intencional a civis constituiria crimes de guerra.
O presidente norte-americano disse nesta quarta a repórteres na Casa Branca: “acho que ele é um criminoso de guerra”. Joe Biden inicialmente disse “não” quando perguntado se Putin era um criminoso de guerra, mas imediatamente retornou a um grupo de repórteres para esclarecer a fala.
De acordo com a agência de notícias Tass, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, respondeu à classificação do presidente dos EUA dizendo que é uma “retórica inaceitável e imperdoável”.
A invasão russa da Ucrânia estagnou em todas as frentes, disse o Ministério da Defesa do Reino Unido na quinta-feira em sua conta oficial no Twitter.
“As forças russas fizeram progressos mínimos em terra, mar ou ar nos últimos dias” e continuam sofrendo pesadas perdas, disse o ministério, acrescentando que a resistência ucraniana continua forte.
Devido aos atrasos em “atingir seus objetivos e ao fracasso em controlar o espaço aéreo ucraniano”, o Ministério britânico disse que a Rússia provavelmente “gastou muito mais armas do que o planejado originalmente”.