A presidente da Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia (UE), Ursula von der Leyen, anunciou nesta segunda-feira que o bloco europeu vai reagir com sanções contra a Rússia após a decisão do presidente Vladimir Putin de reconhecer a independência das regiões separatistas pró-Moscou na Ucrânia.
Já os EUA anunciaram que vão impor sanções contra as áreas separatistas, alertando que mais medidas punitivas podem ser impostas, se necessário. Segundo a porta-voz da Casa Branca, Biden publicará uma ordem executiva para “proibir novos investimentos, comércio e financiamento por parte de americanos de, para ou nas regiões” pró-russas de Donetsk e Lugansk.
Para o bloco europeu, a decisão russa é uma “flagrante violação do direito internacional”.
“O reconhecimento dos dois territórios separatistas na Ucrânia é uma violação flagrante do direito internacional, da integridade territorial da Ucrânia e dos acordos de Minsk. A UE e seus parceiros reagirão com unidade, firmeza e determinação em solidariedade com a Ucrânia”, disseram o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e Leyen, no Twitter.
Segundo o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, as sanções da UE à Rússia serão divulgadas terça-feira.
Em comunicado da Casa Branca, Psaki afirmou que o decreto de Biden “também dará autoridade para impor sanções a qualquer pessoa determinada a operar nessas áreas da Ucrânia”.
Em um telefonema com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, Joe Biden afirmou que os EUA apoiam a integridade territorial da Ucrânia. Ele “reafirmou o compromisso dos Estados Unidos com a soberania e a integridade territorial” da Ucrânia, informou a Casa Branca.
Segundo a nota oficial, Biden também “atualizou o presidente Zelensky sobre a resposta americana, que inclui nosso plano para impor sanções. O presidente Biden reiterou que os Estados Unidos vão responder rápida e decisivamente, em sintonia com seus aliados e parceiros, a novas agressões russas contra a Ucrânia”.
Segundo o secretário de Estado americano, Antony Blinken, a ordem executiva dos EUA foi projetada para evitar que a Rússia lucre com essa “violação da lei internacional”.