Autoridades do Canadá anunciaram na última segunda-feira (14) que os bancos poderão congelar as contas de qualquer pessoa ligada aos atos antivacina realizados no País. A medida foi anunciada pelo premiê Justin Trudeau e detalhada pela ministra das Finanças, Chrystia Freeland, como parte das ações previstas no estado de emergência nacional decretado na segunda. Um dos objetivos é tentar cortar a origem do dinheiro que tem permitido a organização dos atos. As informações são da Folha de São Paulo.
Inicialmente puxada pela categoria dos caminhoneiros, a mobilização contra a obrigatoriedade da vacinação agrupa ex-policiais, veteranos do exército e desempregados.
“Trata-se de seguir o dinheiro e de parar o financiamento desses bloqueios ilegais”, afirmou a ministra Freeland em pronunciamento. “Estamos avisando: se o seu caminhão estiver sendo usado nesses protestos, suas contas serão imediatamente congeladas.”
A mobilização antivacina causou distúrbios a moradores e impactos econômicos, apresentados pelo governo de Trudeau como uma das principais justificativas para impor um estado de emergência incomum na história do país.
Somente o bloqueio, por uma semana, da ponte Ambassador, que liga o país aos Estados Unidos na província de Ontário, teria causado perdas de US$ 390 milhões (R$ 2 bilhões) em comércio por dia.
Os atos antivacina tiveram início com caminhoneiros contrários à exigência do comprovante de imunização para cruzar a fronteira com os EUA, mas expandiram suas bandeiras para criticar de forma mais ampla as restrições impostas no Canadá para conter o coronavírus.