A Central de Medicamentos do Estado (Unicat) enfrenta uma baixa significativa nos seus estoques. Ao todo, estão em falta 72 dos 185 medicamentos, geralmente fornecidos tanto pelo governo estadual como o federal. Para quem procura e precisa desse serviço, a situação chega a ser desesperadora. No atendimento prestado, a Unicat não apresentou para os pacientes nenhum prazo para reposição e nem motivo para a falta. A Secretaria de Saúde Pública (Sesap) informou que oito medicamentos devem ser recebidos até o final deste mês. Para os demais, a Sesap montou uma força-tarefa para agilizar os processos licitatórios.
Segundo o diretor técnico da Unicat, Thiago Vieira, o processo de licitação, em virtude da pandemia, tem atrasado bastante. “A maioria dos medicamentos são indexados ao dólar, muita variação cambial também é um especilho porque existe um limite de preço de venda ao governo. A nova onda da pandemia tem afastado muitos funcionários dos laboratórios, o que impacta na produção e disponibilidade. Isso tudo é uma gota a mais nos prazos que correm sob uma licitação, que já é um procedimento demorado. O próprio Ministério da Saúde teve dificuldade em concluir processos licitatórios”, explica.