O Murchison Widefield Array capturou a Via Láctea em frequências de rádio. As frequências mais baixas são vermelhas, as frequências médias são verdes e as mais altas são azuis. O ícone de estrela mostra o objeto misterioso Natasha Hurley-Walker/CRAR/Curtin/Gleam ICRAR
Enquanto mapeavam ondas de rádio do espaço, astrônomos encontraram um objeto celeste liberando rajadas enormes de energia – e ele não se parece com nada que já viram antes.
O objeto espacial giratório, avistado em março de 2018, liberava radiação a três vezes a cada hora. Nesses momentos, se tornava a fonte mais brilhante de ondas de rádio visível da Terra, atuando como um farol celestial. A imagem mostra a Via Láctea vista da Terra, e o ícone de estrela marca a localização do objeto desconhecido / Natasha Hurley-Walker/CRAR/Curtin/Gleam.
Astrônomos acreditam na possibilidade de que sejam restos de uma estrela que colapsou, ou uma estrela de nêutros densa, uma estrela branca anã morta com um campo magnético forte – ou pode ser algo completamente diferente.
“O objeto estava aparecendo e desaparecendo por algumas horas durante nossas observações”, disse a autora líder do estudo, Natasha Hurley-Walker, astrofísica do ramo da Universidade Curtin do Centro Internacional para Pesquisa em Radioastronomia, em nota.
“[Encontrar o fenômeno] foi completamente inesperado. Foi um pouco assustador para uma astrônoma, porque não há nada conhecido no espaço que faça isso [iluminar-se tanto e emitir ondas de rádio com tanta frequência]. E está relativamente próximo de nós, a cerca de 4 mil anos-luz. Está em nosso quintal galático”.