A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) autorizou nesta sexta-feira, 28, o uso de internet banda larga via satélite da Starlink, uma divisão da companhia espacial SpaceX, liderada pelo bilionário Elon Musk. Com a autorização, a empresa poderá usar aproximadamente 4,4 mil satélites não-geoestacionários* de baixa órbita para oferecer banda larga aos consumidores brasileiros. A licença vai até 2027.
Enquanto a maioria dos serviços de internet por satélite é possibilitada por satélites geoestacionários simples, que orbitam o planeta a cerca de 35 mil quilômetros de altitude, a Starlink oferece uma constelação de vários pequenos satélites que orbitam o planeta a uma distância mais próxima da Terra — 550 quilômetros. Por estarem em baixa órbita, o tempo de envio e recepção de dados (latência) entre o utilizador e o satélite é muito menor do que com satélites em órbita geoestacionária.
A intenção da Starlink, quando sua rede de 7 mil satélites estiver completa, é oferecer internet de até 1 GB (gigabyte) por segundo. Atualmente, de acordo com testes feitos nos Estados Unidos, a companhia consegue oferecer conexão com pico de 97 MB (megabytes) por segundo.
A Starlink não terá direito à proteção, ou seja, não poderá reclamar em caso de interferência de outros serviços. Isso deve constar no contrato de fornecimento do serviço.
Os satélites não-geoestacionários circulam em torno da Terra com uma velocidade de rotação diferente do planeta. Para um observador na Terra, por exemplo, o satélite se comporta como se estivesse não estacionário em um determinado local do céu.
Revista Oeste